Sessão foi cancelada na noite de sexta-feira (14), devido várias discussões e transferida para o sábado (15), que também foi suspenso por determinação da justiça
Diante de várias discussões, confusão, onde a Polícia Militar teve que intervir na sessão plenária desde a última sexta-feira(14), a juíza Soraya Pina Bastos, do plantão judiciário, suspendeu a sessão da Câmara de Carapebus que votaria, no último sábado (15), o processo de cassação da prefeita Christiane Cordeiro (PP).
O presidente do Legislativo, Anselmo Prata, havia marcado a votação para às 8h de último sábado, depois que a sessão extraordinária dessa sexta-feira (14) foi adiada por questão de segurança.
No pedido, a defesa da prefeita relata que houve violação do processo legal por parte do Legislativo. A magistrada, por sua vez, decidiu pela suspensão da sessão até a análise definitiva do juízo da Comarca de Carapebus/Quissamã, devido a gravidade das denúncias.
Com nove vereadores, a Câmara precisaria de dois terço (seis votos) para aprovar o procedimento. Pelas contas nos bastidores, a oposição teria cinco parlamentares. Antes do início da sessão extraordinária, o presidente leu uma denúncia recebida pela Câmara de que o vereador Marquinho Pacato (MDB) teria vendido seu voto a favor de Christiane com nomeações de familiares na Prefeitura. A partir disso, Anselmo Prata abriu um procedimento de impedimento de Pacato para a votação do impeachment. A ação foi analisada pelo plenário, que decidiu, por cinco votos a quatro, não permitir a participação do emedebista.
Com isso, Prata relatou que convocou o primeiro suplente Juninho (Podemos), que teria declinado, abrindo espaço para o segundo suplente Claudinho da Rodagem (Cidadania). Ele já estava no plenário e teria assinado o termo de posse antes da decisão.
Os ânimos que já estavam exaltados ficaram ainda mais acirrados. O público protestou com gritos e houve até uma invasão generalizada no plenário. A sessão chegou a ser suspensa por cerca de 30 minutos. No retorno, o presidente tentou insistir no seguimento dos trabalhos e pediu aos policiais que retirasse o público. Porém, por questões de segurança a recomendação foi pelo adiamento.
Christiane é acusada de crimes de responsabilidade. A comissão processante estava suspensa pela Justiça após recurso da prefeita, mas foi liberada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ) no final de janeiro. No início de fevereiro, foi apresentado o relatório final que pede a cassação do mandato da chefe do Executivo.