Júri popular teve início na tarde desta quarta-feira (10), por volta de meio dia e se estenderá até às 21h, onde dois acusados pelo crime são julgados
Depois de dois anos e oito meses de dor, o sofrimento e a angústia da família da jovem Tainá, atualmente com 18 anos, e vítima de tentativa de homicídio, no dia 9 de novembro de 2016, em uma fazenda abandonada, na Estrada do Imburo, zona rural de Macaé, parece chegar ao fim.
No início da tarde desta quarta-feira (10), amigos e parentes de Tainá aguardavam ansiosos pelo julgamento, que teve quase uma hora de atraso. A jovem foi estuprada e agredida com golpes de machado e martelo no rosto, no dia 9 de novembro de 2016, em uma fazenda abandonada. Na época do crime, a vítima tinha apenas 16 anos, e voltava da escola, onde estudava, no Centro de Macaé, quando foi surpreendida por dois homens identificados como, Carlos Maurício Ribeiro Dutra, 21 anos, e Eder Moraes Reis, 22 anos, sendo ambos detidos, confessando o crime na época.
A vítima foi localizada pelos agentes da Polícia Civil de Macaé, após o pai denunciar o seu desaparecimento, ao perceber que a bicicleta da jovem fora deixada às margens da estrada. No dia seguinte, os policiais foram até a fazenda abandonada e seguiram em direção a uma casa abandonada que estava fechada com um cadeado para fora. Ao entrar no local, os policiais avistaram a adolescente gravemente ferida no rosto e encontraram os objetos cortantes na cena do crime.
A vítima contou aos policiais que sobreviveu por ter fingido que estava morta e disse ainda que ouviu os dois criminosos comentando que voltariam mais tarde para se livrar do seu corpo.
Os agentes iniciaram buscas pelos suspeitos e os encontraram em suas respectivas casas.
De acordo com o depoimento do pai da jovem, um dos agressores era filho de um dos donos da fazenda, e que ele usava o machado – utilizado no crime -, para abater os gados.
Segundo a polícia, ambos confessaram ter participado dos crimes, mas apresentaram versões diferentes sobre quem teria tomado a iniciativa e sobre os papéis de cada um no desenrolar das agressões. Eles foram autuados em flagrante e estão respondendo por estupro, tentativa de homicídio, sequestro ou cárcere privado.