O jornalista Alexandre Pitolli chocou a militância LGBTQIA+ ao comentar o caso da deputada Érika Hilton (PSOL-SP), que teve seu gênero biológico considerado na emissão de visto diplomático pelos Estados Unidos. Durante seu programa de rádio, na quinta-feira (17), ele disparou: “Vai ter problema de próstata esse cara.”
A fala foi feita após a revelação de que a embaixada americana em Brasília registrou o sexo de Hilton como masculino, desconsiderando documentos brasileiros retificados que a identificam como “mulher”. A Hilton acusa o governo dos EUA de “transfobia de Estado” e já acionou o Itamaraty e articula ação jurídica internacional.
A embaixada dos EUA alegou confidencialidade nos registros e citou a ordem executiva 14.168, assinada por Donald Trump no primeiro dia do seu mandato, que reconhece apenas os sexos masculino e feminino, considerados “imutáveis desde o nascimento”, proibindo a autoidentificação em documentos oficiais.
“Como nasceu? Pegou lá o pezinho, deu três tapinhas no bumbum, fez chorar. O que que saiu dali, de dentro daquela mãe, dentro daquela mulher? Como eles chamam, da parturiente. O que saiu dali? Saiu um menino. Tem o pingolim ali, é um menino, é homem.” E completou: “Ele pode estar com longas madeixas, ele pode estar com hormônio feminino, ele vai ter problema de próstata. Ele não vai ter que fazer uma retirada do útero, por exemplo, porque não tem”, comentou o jornalista.
Grupos conservadores saíram em defesa do jornalista, dizendo que ele apenas expressou uma “visão biológica” dos fatos. Pitolli ainda afirmou: “Sou um cara binário. Minha cabeça vira um trevo com isso aí.” internacional.
