Nos últimos dois anos, as cidades de Macaé e Rio das Ostras lideram no ranking em casos de tentativas e furtos contra bancos, no interior do Estado
Os sucessivos casos de invasão e arrombamento de agencias bancárias, explosões de caixas eletrônicos e, principalmente, o roubo de armas de vigilantes registrados nos últimos meses, tem causado preocupação aos dirigentes do Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro, que acreditam que, embora sejam ações criminosas praticadas no período noturno (geralmente às madrugadas), quando não há a presença de funcionários, podem contribuir para futuras ações que colocarão em risco a integridade física e psicológica do trabalhador.
Só nos últimos três meses, o noticiário policial de O Jornal O DEBATE apontou diversos casos em que bandidos conseguiram – ou tentaram – invadir agências bancárias das duas cidades que vem sendo alvo desses crimes.
Um bom exemplo disso é que no mês passado, a agência Banco do Brasil, no bairro Cavaleiros, teve a porta giratória danificada, que segundo a Polícia Civil, criminosos tentaram invadir o local, porém a ação foi frustrada. A agência ficou dois dias fechadas.
Na última terça-feira, dia 16, bandidos arrombaram a parede externa do banco Itaú, no bairro Jardim Mariléia e arrombaram o cofre com maçarico. Os criminosos arrombaram a parede e entraram pelo forro do teto. Em fevereiro deste ano, as duas agências da cidade de Rio das Ostras, foram alvo de furtos. Em uma agência, criminosos arrombaram parede e entraram no local e tentaram arrombar o cofre. O alarme disparou e os bandidos fugiram.
Em janeiro deste ano, a agência do Banco do Brasil de Macaé, foi arrombada e invadida durante a madrugada. Criminosos conseguiram levar uma quantia no valor de R$ 150 mil.
Além do furto, a quadrilha danificou portas de entradas e saídas, e a agência ficou mais de uma semana fechada para atendimento. Ninguém foi preso até o momento.
Somente este ano de 2019, foram registrados quatros casos de invasão, arrombamentos e furtos nas agências bancárias de Macaé e Rio das Ostras.
No ano passado, a Civil registrou 8 casos, a maioria foi em Rio das Ostras, no bairro Jardim Mariléia e em seguida, em Macaé, no Centro da cidade. Já em 2017, a Civil registrou 7 casos, a maioria foram furtos, e nenhum crime foi solucionado.
Os casos de arrombamento e invasão de bancos nas madrugadas são uma questão de segurança pública. Mas estas agências são o ambiente de trabalho dos bancários e os números recorrentes de invasões e arrombamentos, explosões de terminais de autoatendimento, quando chegam ao noticiário, mostram a todos – inclusive os criminosos – a fragilidade dos sistemas de segurança destas agências, o que desperta e estimula ainda mais o interesse dos malfeitores.
E quando estes bandidos conseguem levar as armas dos vigilantes, eles se tornam um risco ainda maior para funcionários, clientes e usuários dos bancos, que lá na frente poderão vir a se tornar reféns nas mãos destes mesmos bandidos em casos de assalto e até mesmo de sequestro, como aconteceu com um vigilante do Banco Bradesco de Rio das Ostras, no ano passado, onde o criminoso entrou na agência pela manhã e abordou o segurança e levou a arma.