Modalidades de crimes crescem, principalmente em grandes lojas de departamentos na área central
Constantes assaltos a estabelecimentos comerciais têm assustado lojistas macaenses. O presidente da Associação Comercial e Indústria de Macaé (Acim), Francisco Navega, ressalta que algo precisa ser reinventado para driblar a crise nas vendas, comerciantes que resistem com as portas abertas e se tornam alvos de criminosos.
No mês passado, sete estabelecimentos comerciais de Macaé foi alvo de arrombamentos, além de assaltos diários na região central e também em bairros do município. As 54 câmeras de videomonitoramento da prefeitura – instaladas em vias públicas da área central -, estão sem funcionar há dois anos. Sendo assim, comerciantes locais têm que gastar e investir com equipamento de segurança, mas mesmo assim, criminosos não se sentem inibidos com as câmeras de circuito interno dos estabelecimentos comerciais.
Para os lojistas, as constantes ondas de assaltos e furtos estão fragilizando o comércio, tanto em prejuízo financeiro, como na contratação de funcionários.
“Ninguém quer trabalhar em um lugar onde a qualquer momento você pode sofrer um assalto. Porque esses criminosos não roubam só a loja, eles levam celulares, correntes dos funcionários e dos clientes”, disse.
Na manhã desta quinta-feira (30), dois homens – vestidos com macacão usado na área offshore -, entraram em um estabelecimento odontológico, que fica localizado na Rua Marechal Deodoro, no Centro de Macaé e rendeu uma funcionária que estava no pátio da clínica. Um dos bandidos estava armado e exigiu que entregasse a chave da moto. Os bandidos levaram a motocicleta. Até o momento ninguém foi preso.
Prejuízos e ousadia – Anne Costa é uma das proprietárias de uma loja na Rua Silva Jardim e conta que, desde janeiro o comércio virou alvo fácil para os criminosos. “Só em janeiro deste ano, foram roubados compressores de aparelhos de ar condicionado de uma das lojas que funciona ao lado. Segundo ela, a empresária teve que repor os equipamentos, e precisou desembolsar cerca de R$ 80 mil reais.
De acordo com ela, enquanto o índice de criminalidade aumenta – principalmente na região central de Macaé, a força pública de Segurança não consegue se fazer presente nas ruas já que o efetivo, tanto da PM quanto da Guarda Municipal é pouco para atender a demanda do município.
“Falta mais firmeza, mais presença do Estado. Todos nós estamos sofrendo na pele. Nós cremos que mais policiais nas ruas, uma polícia ostensiva, daria um bom resultado a curto prazo”, disse Anne, que enfatiza: “Nós comerciantes não temos como recuperar o prejuízo, então não adianta ficar lamentando. Mas é preciso que se tenha mais segurança, se não teremos que fechar as portas”.