Apesar das expectativas contrárias, em função de uma esperada inexperiência de um novo governo eleito, não pelas propostas, mas sim pela comoção das redes sociais, o planejamento econômico traçado pela equipe de Jair Bolsonaro (PSL) para a política energética do petróleo surpreende, e provoca uma importante sinergia com a estratégia traçada pela indústria offshore, interessada em investir mais no país, e consequentemente gerar empregos.
Da fusão dos principais Ministérios relacionados ao equilíbrio fiscal – Fazenda e Planejamento, o futuro governo indica nome para a Petrobras que já apresentou ideias bem diferentes do protecionismo que engessou investimentos da própria estatal em seu portfólio de projetos de exploração, o que afundou o mercado em uma recessão sem precedentes nos últimos três anos.
Ao indicar prioridade nos investimentos em exploração e produção, Roberto Castello Branco sinaliza ao mercado do petróleo, antes mesmo de assumir a Petrobras, de que a retomada de negócios que sustentam a cadeia produtiva de óleo e gás instalada em Macaé ocorrerá de fato, algo que anima também outras cidades importantes para a dinâmica offshore, como Maricá e Niterói.
É importante retratar que, ao encontrar uma integração importante entre a gestão pública e o discurso político, a nova estratégia para a matriz energética do petróleo seguirá todos os avanços do setor conquistados na recente era-Temer, que soube dialogar com as empresas do setor, renovando e modernizando o mercado interno de óleo e gás.
Ao que parece, as oportunidades esperadas pelas empresas que há quatro décadas sustentam a participação de destaque do Brasil no mercado internacional de óleo e gás irão acontecer a curto e médio prazos. Seja pela necessidade do novo governo de demonstrar a que veio, seja pela visão de vanguarda, onde a competitividade tem sido a palavra de ordem.
E ao dar prioridade aos projetos do pré-sal, a futura gestão da Petrobras retoma a soberania da própria companhia dentro do mercado brasileiro, por ser a única petrolífera no mundo a adquirir expertise necessária para tornar a exploração em águas profundas algo concreto e seguro.
Quem viveu os anos de recessão, que geraram desemprego e falta de esperança, já está pronto para encontrar um recomeço, que está por vir em 2019. Pelo menos é isso que todos esperam.