Operação que será regulamentada pela ANP pode injetar US$ 15,3 bilhões no mercado do petróleo regional
Em duas semanas, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) definirá as regras que podem garantir investimentos da ordem de US$ 15,3 bilhões na elevação no potencial de produção de reservas dos chamados “campos maduros”, que configuram a área responsável pela gêneses das operações de óleo e gás em Macaé e na região.
E dados avaliados pela própria indústria, interessada em assumir projetos que começam a ser descartados pelas grandes operadoras offshore, focadas agora em estratégias para a produção do pré-sal, indicam um potencial de criação de 381 mil postos de trabalho em uma escala até 2022, período em que as cidades produtoras do Norte Fluminense também podem calcular um acréscimo de até 300% no volume de receitas dos royalties do petróleo.
Este cenário eleva a sobrevida das operações que ocorrem atualmente na região mais antiga da Bacia de Campos, sob o comando da Petrobras, que demonstra interesse em investir na revitalização de poços “gigantes”, que sustentaram por quase quatro décadas a participação marcante do Brasil no mercado internacional de óleo e gás.
No mês passado, o gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC), Marcelo Batalha, garantiu a revitalização dos campos Marlim e Voador, e afirmou que já está em negociação com a ANP a recuperação dos campos de Jubarte, Charlote e Albacora, área com proximidade no pré-sal.
Neste caminho, outras áreas antigas da Bacia despertam o interesse de empresas que pertencem ao segundo patamar as operações offshore no mundo, e que possuem expertise, tecnologia e exemplos positivos, para abrir um novo segmento no mercado nacional de petróleo, beneficiando diretamente a cadeia produtiva local.
As projeções de investimentos e a perspectiva de postos de trabalho citados acima fazem parte de um estudo atualizado, mês a mês, pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro), importante personagem nas mudanças significativas implementadas no mercado do petróleo nacional, que hoje abrem novos prismas de recuperação e de retomada do setor.
Ao compor o quadro das empresas que desejam substituir ou se associar as grandes operadoras, para investir na revitalização dos campos maduros, a Abespetro aponta exemplos de estratégias de recuperação de áreas antigas, que deram certo em outras partes do mundo, em regiões não tão privilegiadas com petróleo em fatura, e de boa qualidade, como o das bacias sedimentares brasileiras.
Empregos
Projeção de campos maduros
- 2018 – 69 mil
- 2019 – 79 mil
- 2020 – 85 mil
- 2021 – 78 mil
- 2022 – 70 mil
- total – 381 mil