Primeiro encontro aconteceu entre integrantes da instituição e o Conselho Tutelar
Casos de depressão e suicídio têm aumentado cada vez mais no Brasil, inclusive entre os jovens. Segundo um estudo da Universidade Federal de São Paulo (USP), entre 2006 e 2015 esse percentual cresceu 24% entre os adolescentes. Diante disso, é importante que as escolas conversem com os alunos sobre esse tipo de assunto e estejam preparadas para acolhê-los.
Quem tem estado atento a esse problema é o Instituto Federal Fluminense (IFF). No último dia 18, o psicólogo, a assistente social, a pedagoga e o setor de Saúde da instituição se reuniram com o Conselho Tutelar e com o Centro de Referência do Adolescente de Macaé a fim de traçarem estratégias para atendimento de demandas envolvendo adoecimento mental de alunos da escola.
De acordo com a Lei Nº 13.819/2019, que institui a Política Nacional de Prevenção da Automutilação e do Suicídio, as instituições de ensino públicas e privadas são obrigadas a notificar aos órgãos competentes casos suspeitos ou confirmados de violência autoprovocada. Caso a pessoa seja menor de idade, a notificação também envolverá o Conselho Tutelar.
Segundo Marcelo Quirino, psicólogo do Campus Macaé, a estrutura de atendimento para os casos de adoecimento mental vai além da simples notificação. A avaliação de cada situação é feita pela equipe do campus e, sendo necessário, há encaminhamento para a rede de saúde. Também há um trabalho interno que consiste na inclusão do aluno no Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas (Napnee) e adaptação de conteúdo e avaliações acadêmicas.
Para sensibilizar a comunidade escolar, será realizado o 1º Seminário de Inclusão e Saúde Mental na Escola (Incluse). A primeira reunião com os pais de alunos aconteceu no último dia 24. No dia seguinte, aconteceu uma extensa programação voltada para os discentes, docentes e técnico-administrativos.