Os mais de 200 milhões de brasileiros estarão vivendo um domingo diferente, quando os eleitores convocados para ir às urnas, vão escolher o novo Presidente da República. Também, dois senadores por Estado, deputados federais, governadores e deputados estaduais. Desde o momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF), acabou com a cláusula de barreira, que estabelecia critérios para a existência de um partido político, foi aberta a porta para a criação de dezenas de outros e, até agora, são 35 deles e mais 70 em fase de tramitação, o que torna inviável, qualquer disputa eleitoral séria.
Como se sabe até agora, todos estão em busca do dinheiro fácil do Fundo Partidário. Os cientistas políticos não cansam de analisar os fatos e condenar a falta de programas ideológicos. Pior, ainda, é que, as mudanças tecnológicas parecem não ter sido assimiladas pelos parlamentares que hoje habitam o Congresso Nacional mas não representam a sociedade brasileira, e não entenderam o recado das ruas, quando em junho de 2013, ocorreu pelo país uma enorme manifestação espontânea, reivindicando, além da diminuição dos preços de passagens, o fim da corrupção, dentre outras medidas.
E o que se viu um ano adiante, foi a eclosão da Operação Lava Jato, em Brasília, que na esteira dos dutos da Petrobras, vem investigando um dos maiores escândalos políticos da história, provocando uma crise sem precedentes, o que acabou levando os deputados e senadores aprovarem o financiamento público de campanha, ao custo de R$ 2,1 bilhões, destinados a garantir a reeleição de senadores e deputados que, concorrendo em condições de igualdade com quem deseja a renovação, não teriam chance de voltar para Brasília, a ilha da fantasia. A esta altura, todos os brasileiros eleitores que pretendem fazer a melhor festa democrática que é a eleição, já devem ter, como sugerido pelo Tribunal Superior Eleitoral, a sua cola, um papel onde os números de seus candidatos possam ser lembrados no momento do voto. É hora de decisão.
Representação política
E para não dizer que esquecemos da nossa santa terrinha, o município de Macaé que há algum tempo não vem brilhando em termos de representação política por absoluta falta de lideranças, parece continuar em busca de uma estrela cadente que possa guiar os eleitores a buscar nos diversos candidatos, os melhores deles para defender nossos interesses não só na Câmara dos Deputados, como na Assembleia Legislativa. Com o grande número de parlamentares não muito identificados exatamente pela difusão de partidos políticos que se tornam legendas de aluguel e servem para coligações, garantindo a eleição indireta de outro, o que passa a ser proibido no futuro, fica difícil adotar o voto bairrista.
Macaé, com mais de 150 mil eleitores, se combatesse os candidatos Copa do Mundo, aqueles que só aparecem de quatro em quatro anos, para dividir o eleitorado e depois, desaparecem, a história poderia ser diferente. Mas com o retorno da cláusula de barreiras para criação de partidos, já a partir das eleições de hoje, o número de partidos deverá diminuir, o que os obrigará a ter em seus quadros, como antes dessa difusão, filiados ficha limpa, para representá-los numa disputa eleitoral.
São tantos os candidatos a deputado estadual e a deputado federal que fica difícil até identificar a maioria deles, pela pouca expressão política. Mas observadores admitem que essa tarefa tem o objetivo de testar as urnas com vistas a 2020, quando então estaremos escolhendo novo prefeito e vereadores. Mas com certeza, o cenário macaense será conhecido pelo menos, por dois deputados estaduais e um federal, embora exista candidata macaense no exercício do cargo que pretende somar para colocar Macaé no ápice. É hora de união.
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PONTADAS
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Acabou a greve dos motoristas de ônibus e agora, parece, teremos ordem no transporte de passageiros que já não sabiam como proceder para driblar a greve e chegar ao trabalho e voltar para casa. Mas bem que a prefeitura junto com a Câmara Municipal, poderia exigir que a SIT colocasse ao dispor do público, ônibus novos com ar condicionado e acabar com essa velha frota que custa caro para as pessoas que não se servem dos coletivos porque não cumprem horário.
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O Secretário Municipal de Obras, Saulo Ramos, informou que quarta-feira foi iniciada a obra de construção da Estrada de Santa Teresa, considerada de fundamental importância para tirar do Centro o trânsito pesado. O canteiro de obras já está sendo instalado e dentro de mais alguns dias o projeto ganhará velocidade com a ação de máquinas e equipamentos que vão construir duas pistas duplas. Já não era sem tempo.
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E já que é período de eleição, a perspectiva de um novo tempo e um novo governo que poderá reverter a situação política e econômica, com mais credibilidade e previsibilidade, estão postos na mesa para deslanchar, a concessão do aeroporto com voos comerciais, a audiência pública para a construção do Terminal Portuário, e o início das obras de duplicação dos 46 quilômetros no trecho que corta Macaé, atualmente com pista simples e que continua matando.
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Até domingo.