Fiscal de tributos de Casimiro de Abreu, RJ, é preso durante operação nesta terça-feira (1º) - Foto Reprodução/TV Record

Dos cinco mandados de prisão, um foi cumprido na segunda fase da ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO)

 
Um fiscal de tributos de Casimiro de Abreu foi preso na manhã de terça-feira (1°), durante a segunda fase da Operação Non Olet, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio, o GAECO. Mais três pessoas teriam recebido propina de empresários da cidade em troca da concessão ilegal de descontos no pagamento de impostos e multas, o que causou prejuízo aos cofres públicos.
 
 
Segundo o MP, quatro mandados de prisão foram expedidos. Além de Casimiro de Abreu, os promotores cumprem mandados em Rio das Ostras e na capital.
 
 
A ação investiga os crimes de organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, praticados por fiscais de Casimiro de Abreu que recebiam o auxílio de uma contadora e um despachante para cobrar propina de empresários em troca de vantagens indevidas.
 
 
Duas mulheres casadas com dois envolvidos no esquema, também foram denunciadas por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Segundo o MP, elas empenhavam o papel de ocultar e dissimular parte do dinheiro arrecadado dos crimes de corrupção, e cediam as contas correntes para depósito, para que o pagamento das propinas não fosse descoberto. Elas terão que entregar os passaportes e comparecer mensalmente à justiça.
 
 
Na primeira fase da operação, realizada em julho deste ano, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos fiscais e da contadora denunciados, e também no escritório de contabilidade e no setor de ISS da prefeitura.
 
 
 
Na época havia a suspeita da existência de organização criminosa dedicada a cobrança de propina de empresários locais. De acordo com as investigações, o prejuízo estimado é de mais de R$ 50 mil, aos cofres públicos.
 
 
“Essa investigação apura crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa praticada por fiscais municipais de Casimiro de Abreu que se valiam da intermediação de uma contadora e também de um despachante para poder cobrar propina de empresários locais”, explicou o promotor Eduardo Fonseca.