A eficiência do home office encanta empresários, em sua maioria admitindo a hipótese da novidade permanecer mesmo após o retorno total das atividades
Repentinamente, o mundo foi acudido pela pandemia do Covid-19. Após o susto inicial, as pessoas acordaram para a nova realidade, constatando que a vida tinha que prosseguir. Mas a força do trabalho também estava confinada em casa defendendo a própria vida.
Foi aí que as empresas começaram a criar novas estratégias de adaptação ao novo tempo, lançando alternativas de novos serviços. Surge aí o velho conhecido e até então pouco utilizado home office. A nova atividade espalhou-se como um rastilho de pólvora. Os mais diversos segmentos aderiram a novidade, mantendo seus funcionários trabalhando de casa. E o resultado surpreendeu: funcionários trabalham menos, produzem mais, e a empresa ainda reduz despesas. Tudo isso sem enfrentar trânsito, estresses, ou reuniões intermináveis.
E no momento, após quase sete meses de isolamento, a eficiência do home office encanta empresários, em sua maioria admitindo a hipótese da novidade permanecer mesmo após o retorno total das atividades.
Neste sentido, a Analista Folha de Pagamento de uma multinacional, Jaqueline Menezes, revela que a empresa ainda está 100% em home, só devendo retornar ao regime presencial em 2021. “A expectativa é que, em 2021, boa parte das atividades sejam migradas para o regime teletrabalho. Tivemos um bom resultado com o home office e constatamos que a empresa pode dar liberdade aos empregados na questão do horário sem comprometer as atividades e o rendimento”, declarou a funcionária.
Jaqueline prosseguiu: “Para o RH nem sempre é vantajoso, pois nosso contato entre empregado e empregador é essencial para ajustes de variáveis do dia a dia. O RH trabalha com gente, gosta e precisa de calor humano para que o nosso pessoal fique feliz e realizado na empresa. Ainda precisaremos treinar para atender esse novo normal. Já os setores que trabalham com processos, o home office é excelente, pois há liberdade de horários e localização e é um ponto forte e motivador para o empregado. No entanto, é preciso comprometimento e disciplina para se trabalhar em home”, concluiu ela.
De um modo geral, há uma pesquisa que aponta que cerca de 30% dos funcionários das maioria das empresas retornam com trabalho presencial e cerca de 70% continuarão em home office.
Por outro lado, a crise econômica e a eficiência do trabalho remoto pressionam o mercado imobiliário. Tudo indica que cerca de 20% dos escritórios devem ficar desocupados até o fim do ano.