Eliziane Gama defendou a necessidade de investigações mais profundas para esclarecer o envolvimento de Delgatti com diversas autoridades no suposto intento criminoso.
A relatora da CPMI dos Atos de 8 de Janeiro, senadora governista Eliziane Gama (PSD-MA), deixou de fora da lista de indiciados o hacker Walter Delgatti Neto, acusado de ter encontros e acordos de tero “golpista” com a deputada federal Carla Zambelli.
Segundo o relatório, Delgatti foi contratado para trabalhar no gabinete de Zambelli com o objetivo de invadir sistemas de órgãos públicos ligados ao processo eleitoral. Essas invasões, aparentemente financiadas com dinheiro público, eram destinadas a fornecer fundamentos para questionar a legitimidade das eleições, alimentando a narrativa bolsonarista. Delgatti também se reuniu com figuras proeminentes, incluindo Valdemar Costa Neto, Bruno Zambelli e até mesmo o presidente da República, com o propósito de questionar as urnas eletrônicas.
“Conforme exposto, entendemos que Walter Delgatti Neto foi instrumentalizado por indivíduos de alto relevo na Administração Pública federal para atentar contra o Estado Democrático de Direito, especialmente por meio de questionamentos infundados do processo eleitoral, motivo pelo qual são necessárias investigações mais aprofundadas para elucidar a colaboração de cada uma das autoridades no intento criminoso”, disse o relatório.
Eliziane Gama defendeu a necessidade de investigações mais profundas para esclarecer o envolvimento de Delgatti com diversas autoridades no suposto intento criminoso. Segundo ela, a contribuição de Delgatti desempenhou um papel fundamental na identificação de supostos delitos cometidos por Carla Zambelli, Paulo Sérgio Nogueira e outros indiciados.