Aliados do governo admitem que o PT pode acabar sem a presidência de comissões de destaque no Senado.
Às vésperas da votação desta quarta-feira (1º), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou os esforços para garantir a eleição de Rodrigo Pacheco (PSD) como presidente do Senado. Aliados do governo entraram em campo para impedir o crescimento de Rogério Marinho (PL), ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) que disputava a indicação.
Pacheco, que contou com o apoio do PT, MDB e do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), foi reeleito para mais dois anos de mandato com 49 votos, ante 32 do adversário. Diante do cenário, o Palácio do Planalto acionou dirigentes de partidos para afiançar a eles que promessas de entregas de cargos seriam cumpridas.
Além disso, ministros do governo também foram acionados para atuarem em busca de votos para derrotar Marinho. No entanto, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve na tarde desta quarta na posse dos novos senadores, juntando-se a um grupo de ex-ministros da última gestão que demonstraram apoio à candidatura de Marinho.
Após a vitória, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, rechaçou que o governo tenha interferido no processo eleitoral. Contudo, Marinho apontou que houve interferência e insinuou que pode ter acontecido a troca de votos por indicações a cargos. Aliados do governo admitem que o PT, por exemplo, pode acabar sem a presidência de comissões de destaque no Senado.
Com informações da Folha de S. Paulo.
Por Portal Novo Norte