Documento produzido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico faz parte das ações para alavancar a geração de energia limpa e renovável no estado
O Governo do Rio de Janeiro apresentou, nesta quinta-feira (28/9), para representantes da área de energia, o Mapa da Produção de Biogás do estado. A publicação foi elaborada em parceria com a Associação Brasileira de Biogás (ABiogás) e apresenta o cenário de produção, as oportunidades de crescimento e as iniciativas do governo do Rio para estimular os investimentos na geração de energia limpa no estado.
– Temos o compromisso de tornar o estado neutro em emissões de gases de efeito estufa na atmosfera até 2045. Nesse sentido, estamos trabalhando na atração de mais empreendimentos de energias renováveis, entre elas o biogás, alinhados com o Programa Nacional de Redução de Emissões de Metano, lançado em março pelo governo federal. Vamos fazer do Estado do Rio uma referência na transição energética do país para uma matriz mais diversificada e limpa, e gerar ainda mais empregos e renda para a população fluminense – explica o governador Cláudio Castro.
O Rio de Janeiro é o segundo maior produtor de biogás do país, produzindo atualmente 327 milhões de metros cúbicos/ano, de acordo com a ABiogás. O potencial de produção no estado pode chegar a 800 milhões de m³/ano. Além disso, produz ainda 41,975 milhões de m³/ano de biometano, podendo chegar a 478 milhões de m³/ano.
– Este é o primeiro de uma série de estudos sobre a geração de energia renovável no estado. O potencial é grande, levando em consideração o volume de resíduos orgânicos urbanos produzidos principalmente na Região Metropolitana, e os resíduos agrícolas produzidos, em especial nas Regiões Noroeste e Norte fluminense, podem ser destinados para produção do biogás – explica o secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Cássio Coelho.
A produção atual de energia a partir do biogás no estado totaliza a potência de 83,06 MWp e geração de até 415,31 GWh/anual. Essa energia é gerada por 12 plantas de produção. Entre as principais regiões produtoras estão a Metropolitana, com destaque para Rio de Janeiro, São Gonçalo e Duque de Caxias (resíduos de esgotamento sanitário), e a região Norte Fluminense, com Campos dos Goytacazes (resíduos agrícolas).
Para o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Philipe Campello, conhecer as potencialidades ambientais do Estado do Rio é estratégico para a prospecção de empreendimentos com foco em energia limpa. Ele ressalta que o mapa da produção de biogás é iniciativa fundamental para atender as metas de desenvolvimento econômico e sustentável do Estado do Rio, no longo prazo, e garantir o bem-estar da população nesta e nas próximas gerações.
– Conservação da natureza e geração de emprego e renda devem ser aliados nas políticas públicas modernas. É o que buscamos com o licenciamento ambiental de empreendimentos ligados ao biogás, como uma ferramenta viabilizadora do desenvolvimento sustentável e de fomento à produção de energia limpa, que posiciona o nosso estado na vanguarda brasileira da segurança energética – explica Campello.
– Iniciativas de incentivo ao aumento da produção de biogás darão ao Rio a oportunidade de se consolidar como líder no setor – afirma o vice-presidente da ABiogás, Gabriel Kropsch.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, este é o primeiro de uma série de estudos sobre a geração de energia renovável no estado.
– Para realização desses mapas, consultamos o Inea, sobre as questões de áreas potenciais e licenciamento. Até o final do mês serão concluídos os mapas das fontes solar, eólica e de hidrogênio, que serão apresentados em um seminário que realizaremos para debater propostas para estimular e alavancar o setor de renováveis, no dia 27 de maio, na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) –, conclui.
Estiveram presentes no evento de apresentação do mapa representantes da ABiogás, Agenersa, Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (ABIAPE), Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Firjan, e das empresas Ternium, Braskem, Gerdau, Urca Energia, Dois Arcos e Grupo Marquise.