As autoridades bloquearam R$120 milhões em bens e apreenderam aeronaves, casas e apartamentos de luxo. O governador foi proibido de sair do país e deve entregar seu passaporte em até 24 horas. Além disso, ele não pode ter contato com outros envolvidos no caso.

Na manhã de quinta-feira (9), foi deflagrada pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República (PGR) a Operação Ptolomeu III , com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU) e da Receita Federal (RFB). O objetivo é investigar suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro no governo de Gladson Cameli (PP), no estado do Acre.

As autoridades bloquearam R$120 milhões em bens e apreenderam aeronaves, casas e apartamentos de luxo. O governador foi proibido de sair do país e deve entregar seu passaporte em até 24 horas. Além disso, ele não pode ter contato com outros envolvidos no caso.

A operação resultou em 89 mandados de busca e apreensão em vários estados, incluindo o Distrito Federal, onde as autoridades realizaram buscas em um hotel de luxo às margens do Lago Paranoá. A investigação está em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e é um desdobramento das fases I e II, deflagradas em 2021, que identificaram uma organização criminosa controlada por políticos e empresários ligados ao Executivo estadual.

A PF alega que os servidores públicos desviaram recursos públicos e lavaram dinheiro. Nesta terceira fase, as autoridades estão buscando o ressarcimento de parte dos valores desviados e o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões em contas bancárias e o sequestro de bens adquiridos como proveito dos crimes, além de ter suspendido as atividades econômicas de 15 empresas investigadas. O STJ também decretou medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a suspensão do exercício da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos e a proibição de sair do país.

Por Portal Novo Norte