A lamentável morte do jornalista Jourdan Welington de Barros Amora, ocorrida no domingo, e sepultado nesta segunda-feira (20), repercutindo em todos os segmentos da comunicação social e também político, levou o governador Cláudio Castro a decretar em todo o Estado do Rio de Janeiro, luto oficial de três dias, em razão do acontecimento.

No Decreto número 49.929 assinado e publicado no Diário Oficial, o governador considerou que “o falecimento do jornalista Jourdan Amora, que formou gerações de jornalistas e consolidou o jornalismo como pilar da democracia, defendendo o acesso democrático a informação e que sua trajetória se tornou referência na comunicação fluminense, transformando as notícias em instrumento de cidadania, deixando um legado de integridade e consciência social e, os sentimentos de tristeza e luto compartilhados por todo o povo fluminense com o seu falecimento”.

Diversas personalidades do mundo social e político, bem como de instituições das mais diferentes classes continuam se manifestando, principalmente ex-prefeitos de Niterói, deputados estaduais e federais, como também de jornalistas que atuaram a frente da diretoria da Abrajori – Associação Brasileira de Jornais do Interior, da qual Jourdan Amora presidiu e foi diretor em várias gestões, da ADI-Brasil – Associação dos Jornais Diários do Interior, e de ADJORIs – Associação de Diretores de Jornais do Interior, especialmente a do estado do Rio de Janeiro, e do Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas do Estado do Rio – Sindjore/RJ.

Todos lamentando a morte de um grande líder que, destemido, alcançou seus objetivos numa demonstração clara de coragem e arrojo, conseguindo superar todas as dificuldades e fazer a transição gráfica da linotipia para o offset e agora a digital.
Jourdan Amora, fundador e diretor do jornal
A Tribuna de Niterói e também do Jornal de Icarai, estava internado para tratamento de saúde, após o falecimento da sua esposa Eva Amora, professora e diretora do Jornal de Icarai, com quem era casado, e seus filhos, Gustavo Amora, e Luís Jourdan Amora, assumem em caráter sucessório a direção das empresas com sede e oficina própria em Niterói.
O jornalista Oscar Pires, que desde a década de 60, além de correspondente em Macaé de A Tribuna, era amigo pessoal de Jourdan Amora, lamentou profundamente primeiro, a morte de Eva Amora, e no domingo, a de Jourdan Amora, a quem considerava um mestre.
“Ele foi meu professor de jornalismo. Ele foi meu incentivador para fundar o jornal O Debate em Macaé. Foram dele as primeiras linotipos adquiridas que revolucionaram a imprensa macaense e foi ele o líder audacioso que na década de 70 adquiriu a primeira impressora offset chegadas ao antigo Estado do Rio de Janeiro quando Niterói era a capital, antes da fusão. São muitas as histórias nesses longos anos vividas não só como profissionais da comunicação, como atuando juntos na fundação e como diretores da Abrajori e Adjori-RJ”, disse Oscar, lembrando que foi iniciativa de Jourdan Amora a criação do Museu da Imprensa, em Niterói, com ambos doando equipamentos antigos e em desuso para o acervo.
“Que Gustavo Amora e Luís Jourdan Amora, possam com galhardia, continuar o trabalho que já vinham desempenhando nas empresas e manter acesa a chama da liberdade de imprensa, exemplo deixado pelo pai que hoje recebe homenagens póstumas dos mais diferentes segmentos sociais e políticos”, finalizou.









