Segundo a Unafisco, os militares, apesar de essenciais em muitas atividades, carecem de experiência específica para tarefas como leitura de escâneres e monitoramento de contêineres
A atuação das Forças Armadas em portos e aeroportos determinada pelo decreto de GLO de Lula tem gerou uma onda de insatisfação sem precedentes entre os auditores da Receita Federal. Em uma declaração, Mauro Silva, presidente da Unafisco, salientou a importância da Receita na apreensão de drogas no país e a necessidade de sua inclusão na operação GLO. Além disso, a associação alertou sobre os riscos da mudança das rotas do tráfico de drogas e a possibilidade de um aumento na passagem de carregamentos de entorpecentes e armas.
A Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) reforçou a importância de uma cooperação integrada com a Receita para assegurar a efetiva fiscalização dos terminais. Segundo a entidade, os militares, apesar de essenciais em muitas atividades, carecem de experiência específica para tarefas como leitura de escâneres e monitoramento de contêineres. A GLO cobre os portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP) e os aeroportos de Guarulhos (SP) e do Galeão (RJ).
O decreto estipula a mobilização de aproximadamente 3,7 mil militares do Exército, Marinha e Aeronáutica para atuar nos referidos portos e aeroportos. Contudo, a Unafisco enfatiza que uma operação verdadeiramente eficaz contra o crime organizado deveria envolver todas as agências pertinentes, aproveitando suas habilidades e experiências distintas em prol da segurança.