Essa semana, o jornal O DEBATE mostrou a triste realidade de Glicério, um dos distritos serranos que sofrem com o abandono do poder público. Além da ponte da Ilha da Canoa, que segue interditada desde que parte da estrutura caiu, o parquinho também é outro espaço que carece de manutenção.
O que deveria ser um local para recreação das crianças que moram ou visitam a localidade, acaba se tornando um risco à vida. Tudo isso porque os brinquedos não apresentam condições de uso.
“A gente traz porque não tem outra alternativa. Mas é raro ter criança aqui. É um perigo. Elas correm o risco de se machucarem. Está tudo quebrado, abandonado. Um descaso. Se a manutenção fosse feita regularmente isso estaria de outra maneira. Há anos a gente escuta promessas de melhorias para cá, mas isso nunca acontece de fato. Esperamos que a prefeitura olhe com mais carinho e respeito, não só por Glicério, como por toda a nossa serra”, diz uma moradora, que pede sigilo do nome.
Essa semana, a nossa equipe entrou em contato com a prefeitura, que informou que a equipe da secretaria de Infraestrutura, através da Adjunta de Interior, informou que o reparo está no cronograma de ações da pasta.
Na última segunda-feira (19), eles atuaram no DPO de Glicério e na estação de tratamento de água de Córrego do Ouro para, na sequência, iniciarem trabalhos na passarela e no parquinho. A previsão é de que isso ocorra até o fim desta semana.
As praças são consideradas uma área de encontro entre moradores e muito frequentado por crianças.
Elas geralmente são umas das principais alternativas de lazer da população. Lembrando que o acesso ao lazer é um direito das crianças e adolescentes, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA – Lei Federal nº 8.069/90).
Segundo o artigo 4º do ECA, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.