Segundo a prefeitura, após a conclusão do serviço no Canal Macaé-Campos, a equipe seguirá para a Linha Verde
Na semana passada, o jornal O DEBATE publicou uma reportagem falando sobre os transtornos provocados pela falta de limpeza no Canal da Virgem Santa, na altura da Rua Leôncio Rodrigues. Agora, as reclamações são referentes ao Canal do Capote, na Linha Verde.
Essa semana, a equipe de reportagem fez algumas imagens na altura da ponte de acesso ao bairro Aroeira, onde há uma grande concentração de gigogas no local. Quem mora no bairro cobra maior agilidade do poder público na manutenção do recurso hídrico, levando em consideração que o trecho sempre sofre com os alagamentos em dias de chuvas.
“Já podemos ver que o nível da água ainda não está tão estabilizado. Qualquer chuva forte isso vai transbordar. É preciso adotar medidas para garantir o escoamento da água. Por isso que pedimos a presença da prefeitura no local ainda essa semana para iniciar a limpeza do valão”, diz a moradora Célia.
Na semana passada, a prefeitura informou que as equipes fazem esse trabalho de forma rotineira e periódica na cidade. A nossa equipe entrou em contato novamente para saber se existe uma data para o começo e, segundo ela, no momento os trabalhos estão acontecendo no Canal Macaé-Campos, que corta o Parque Aeroporto e o Barreto. Tão logo esta ação seja finalizada, a equipe seguirá para o Canal do Capote. Ela ressalta que não é possível precisar uma data, já que o trabalho é dinâmico e depende ainda das condições climáticas.
Considerada uma praga por muitos, as gigogas são plantas aquáticas que têm surgido com frequência nesses ambientes. Isso retrata o alto índice de poluição dessas águas, que recebem grande parte do esgoto da cidade, muitas vezes sem tratamento.
Por mais que a limpeza seja feita, as gigogas sempre irão aparecer nesses locais enquanto houver esgoto, pois elas surgem em ambientes onde há matéria orgânica. No caso de locais poluídos, como há excesso dessas matérias, a produção de alimentos torna-se grande e o resultado é a rápida proliferação da espécie, causando um desequilíbrio ambiental.
Apesar de ser um bioindicador de poluição, a proliferação pode causar danos e prejuízos para o meio ambiente. Essas plantas funcionam como esponjas, sugando os nutrientes presentes no esgoto. Além disso, em ambientes onde há o despejo de esgoto in natura elas são capazes de se duplicarem em apenas duas semanas.
Elas impedem a entrada de luz solar na água, comprometendo, dessa forma, o processo de fotossíntese, causando danos ao ecossistema local, como plânctons e peixes. Quem mora em regiões próximas a canais e lagoas com poluição reclama que as gigogas, além de ser um ambiente favorável à proliferação de mosquitos, causam mau cheiro.
Quando controladas e em ambiente livre de poluição, as gigogas trazem diversos benefícios, como a troca de oxigênio da água, mas quando se proliferam de maneira desordenada em ambientes poluídos, tornam-se uma praga, podendo ser responsáveis por doenças da água.