Por Karla Spotorno
O dólar abriu em alta nesta segunda-feira, 17, em resposta a dados da pesquisa Datafolha da noite de Sexta-feira (14). O exterior hostil a ativos de países emergentes contribui para os ajustes. Operadores destacam que os agentes econômicos reagem ao crescimento do petista Fernando Haddad, à oscilação em baixa do tucano Geraldo Alckmin e à combinação de novos aumentos na rejeição e nas intenções de voto do líder nas pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL).
“A velocidade de crescimento do Haddad pode incomodar”, disse o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto. Ele pondera que “é preciso ver quão esperado era esse resultado e, portanto, se estava precificado ou não”. Outro profissional do mercado de câmbio destacou que a incerteza eleitoral provoca volatilidade, elemento que propicia mais operações de curtíssima duração (“day-trade” e “scalping”). “Por isso, temos visto algumas viradas nos preços dentro do mesmo dia”, acrescentou este profissional.
Às 9h28 desta segunda-feira, o dólar à vista subia 0,91% aos R$ 4,2026. O contrato futuro avançava 0,65% aos R$ 4,2065.
No mercado global de moedas, o dólar segue forte perante as divisas emergentes e fraco ante o euro. Ante a lira turca, o dólar subia 2,42% perto do horário acima. Ante o rublo russo, passou a cair (-0,13%). Perante o rand sul-africano, avançava 0,42%.
Mais cedo, o Federal Reserve (Fed) de Nova York divulgou que o índice de atividade industrial Empire State caiu a 19,0 pontos em setembro. A previsão era de 22,0 pontos. O Dollar Index recuava 0,36% às 9h36.
Mesmo tendo surpreendido positivamente, a divulgação do IBC-Br foi apenas monitorada pelos economistas nesta manhã. Segundo o Banco Central, o Índice de Atividade Econômica teve alta de 0,57% em julho ante junho, na série com ajuste sazonal, e ficou acima do teto do intervalo captado pelo Projeções Broadcast, que indicava de uma queda de 0,67% e avanço de 0,50% (mediana positiva de 0,10%).