A jornalista curitibana Cristina Graeml participou do programa Pânico, da Jovem Pan, nesta segunda-feira (7), e compartilhou bastidores de sua entrada na política, os obstáculos enfrentados na eleição municipal em Curitiba e seus planos como pré-candidata ao Senado pelo Podemos.

Durante a entrevista, Cristina criticou o sistema eleitoral brasileiro, que, segundo ela, dificulta a entrada de candidatos fora do chamado “sistema”. Ela relatou ter sido alvo de multas por irregularidades mínimas, como o tamanho do nome do vice nos santinhos, e lembrou o bloqueio de sua principal rede social no início da campanha.

Cristina também denunciou ter sido vetada de debates, mesmo após a confirmação da candidatura, enquanto adversários de partidos igualmente pequenos foram liberados. Segundo ela, houve um processo deliberado de invisibilização de sua candidatura por parte da mídia e de estruturas partidárias locais.

“Foi uma tentativa de asfixia”, afirmou, destacando que, mesmo sem tempo de TV, fundo eleitoral ou estrutura profissional, alcançou o segundo turno em Curitiba com quase 400 mil votos. “O eleitor descobria que eu era candidata só no dia da eleição”, relatou.

Após a eleição, Cristina disse que recebeu convites de vários partidos, mas escolheu o Podemos por garantir sua vaga ao Senado. Ela foi lançada nacionalmente pela deputada Renata Abreu, presidente da sigla, em um evento em Brasília.

Cristina também comentou sua motivação para continuar na política: “As pessoas me dizem: você é a nossa voz. Não posso ignorar isso.” Ela contou que seu plano de governo foi construído com 200 voluntários e que a campanha foi mantida com doações e trabalho coletivo.

Sobre a manifestação ocorrida no domingo (6) na Avenida Paulista, a jornalista destacou a presença popular e a união de governadores e parlamentares da direita. Para ela, o movimento revelou uma nova configuração da oposição, com articulação nacional e forte apoio popular.

A jornalista ainda anunciou que está escrevendo um livro sobre sua experiência eleitoral, com denúncias sobre os bastidores das campanhas e o funcionamento real do sistema político brasileiro. “É uma questão de honra publicar esse livro ainda neste ano”, declarou.

Cristina segue como colunista da Gazeta do Povo, da Revista Oeste e da rádio AuriVerde Brasil, e mantém forte presença nas redes sociais, onde conta com mais de 670 mil seguidores. Ao fim do programa, ela foi ovacionada pelo público presente no estúdio.

A pré-candidatura de Cristina ao Senado promete ser uma das apostas da direita no Paraná para 2026, com discurso combativo, foco na transparência e crítica aberta ao que ela chama de “estrutura fechada” da política tradicional.