Essa ausência pode ser enquadrada como crime de responsabilidade, caso não seja justificada
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi novamente convocado para uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados e, pela segunda vez consecutiva, não compareceu. Essa ausência pode ser enquadrada como crime de responsabilidade, caso não seja justificada. A sessão estava marcada para as 9h desta terça-feira, mas, às 9h18, o ministro comunicou que estava indo para uma reunião com a Procuradoria-Geral da República (PGR) em vez de comparecer à Câmara. A assessoria do Ministério da Justiça informou que Flávio Dino deseja comparecer a uma sessão de “comissão-geral” no plenário da Câmara, argumentando que isso garantiria sua integridade física e moral, bem como o decoro parlamentar, o que ele afirma não ocorrer na Comissão de Segurança Pública.
Flávio Dino ainda enviou um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, no qual apresentou frases de parlamentares membros da comissão que, segundo ele, configurariam uma “grave ameaça” à sua integridade física caso comparecesse ao colegiado. Dino mencionou que a falta de submissão dos parlamentares aos detectores de metais reforçaria a percepção de risco, considerando os “reiterados desatinos por parte de alguns”. O ministro já havia sugerido anteriormente a realização de uma Comissão-Geral no Plenário como uma alternativa para atender a todos os pedidos de convocação de uma só vez. No ofício, também criticou a atuação do presidente da comissão, deputado Sanderson, alegando que o parlamentar não tinha capacidade de conduzir a ordem dos trabalhos.