Caso macabro no Rio de Janeiro levanta suspeitas de fraude previdenciária e ocultação de cadáver

A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando um caso chocante ocorrido no bairro do Cocotá, na Ilha do Governador.  Dois irmãos, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tania Conceição Marchese D’Ottavio, foram presos em flagrante após a descoberta do corpo do pai, Dario Antonio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, mantido em decomposição avançada dentro da residência da família.

A descoberta ocorreu após vizinhos denunciarem o forte odor vindo do imóvel e o desaparecimento prolongado do idoso.  Durante a operação policial, o corpo foi encontrado em um dos quartos da casa, em cima de uma cama, coberto por lençóis e travesseiros.  Portas e janelas estavam vedadas com fita adesiva para disfarçar o cheiro da decomposição. 

O laudo do Instituto Médico Legal indicou que Dario estava morto há um período entre seis meses e dois anos.  A causa da morte não pôde ser determinada devido ao estado avançado de decomposição, mas não foram encontrados sinais evidentes de violência. 

As autoridades suspeitam que os filhos mantiveram o corpo oculto para continuar recebendo os benefícios previdenciários do pai, que totalizavam cerca de R$ 5 mil mensais, provenientes de aposentadoria e pensão por morte.  Documentos e frascos de medicamentos encontrados no local indicam que os pagamentos continuavam sendo recebidos após a morte. 

Durante a abordagem policial, Marcelo reagiu com agressividade, entrando em confronto físico com os agentes, enquanto Tania tentou impedir a prisão do irmão.  Ambos foram contidos e presos em flagrante pelos crimes de ocultação de cadáver, resistência e lesão corporal. 

O caso levanta questões sobre a fiscalização dos benefícios previdenciários e a necessidade de mecanismos mais eficazes para evitar fraudes desse tipo. A investigação continua para esclarecer todos os detalhes e responsabilidades envolvidas.