“Nós dois somos super apaixonados pelo Estado Democrático de Direito”, disse a jurista
O jurista Ives Gandra Martins e sua filha Angela Gandra, também jurista, utilizaram as redes sociais para responder a menção feita a Ives em um suposto “roteiro de golpe” encontrado no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Em um vídeo descontraído publicado no domingo (18), Angela enfatizou que o único golpe que eles desejam é o “golpe da paz e do amor”. Ela ressaltou o compromisso da família com o Estado Democrático de Direito e a importância de fortalecer os laços familiares.
No relatório da Polícia Federal, que analisou o celular de Mauro Cid, foram encontrados indícios de um possível plano de golpe, além de um questionário respondido por Ives Gandra em 2017 sobre a “garantia dos poderes constitucionais”. O documento menciona a interpretação do jurista sobre o artigo 142 da Constituição, que trata da competência das Forças Armadas. Segundo o relatório, as teorias de Gandra sugerem que as Forças Armadas poderiam atuar de forma pontual para restabelecer a harmonia constitucional, evitando abusos por parte do Poder Judiciário. No entanto, o artigo 142 não é claro quanto à possibilidade de intervenção militar nos outros poderes.
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Gandra esclareceu que suas respostas no questionário foram dadas há seis anos, de forma estritamente constitucional, e não têm a intenção de inspirar ou influenciar um golpe de Estado. Ele vem alertando sobre possíveis distorções em suas interpretações há algum tempo. O jurista é professor emérito de Direito Constitucional na Escola do Comando e Estado Maior do Exército há mais de três décadas.
Por portal Novo Norte