Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

São Paulo–(DINO – 20 set, 2018) – Aprofundar as discussões sobre o papel da tecnologia na filantropia e de que maneira, em plena era digital, podemos diminuir as desigualdades e criar um ambiente mais justo no mundo. Como empresas, investidores sociais, líderes do terceiro setor e filantropos podem usar ferramentas tecnológicas nesta área? E como a própria tecnologia tem trazido novos desafios sociais a serem enfrentados… Esses temas foram discutidos durante Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais 2018, organizado pelo IDIS, que reuniu mais de 200 convidados em São Paulo, no dia 12 de setembro

Estiveram presentes nomes como Rhodri Davies, pesquisador da Charities Aid Foundation, especializado em filantropia e tecnologia, Michael Green, CEO da Social Progress Imperative, Jake Garcia, vice-presidente para Dados e Estratégias do Foundation Center, Alexandre Dietrich, executivo da IBM responsável pelo projeto Watson na América Latina, e o economista Luiz Fernando Figueiredo. “A tecnologia invade todos os momentos da nossa vida, nos une, mas em alguns casos nos afasta. Devemos trabalhar para que ela nos traga sempre mais soluções do que problemas”, reforçou a presidente do IDIS, Paula Fabiani, na abertura do evento.

Os convidados abordaram diversos exemplos de como utilizar a inteligência artificial: dos carros autônomos, que podem ajudar deficientes visuais a se locomover, passando pelas pesquisas médicas e ambientais e, até, na coleta de dados que reproduzem um panorama mundial das doações. Cada vez mais, os dados obtidos por meio da tecnologia são utilizados como ferramentas para novas abordagens, empoderando indivíduos e disseminando conhecimento e causas transformadoras para a sociedade.

Um dos destaques do Fórum de Filantropos e Investidores Sociais foi a palestra do economista Michael Green, CEO da Social Progress Imperative e criador do IPS, Índice de Progresso Social também conhecido como PIB Social. Green defende que uma boa sociedade é aquela que dá base para uma vida plena de oportunidades. “O PIB pode ajudar no desenvolvimento de um país, mas não reflete a realidade do progresso da sociedade. Os EUA por exemplo, têm o maior PIB do mundo, mas quando olhamos pelo nosso indicador ocupa o 18º lugar na classificação global”, explica.

O Índice de Progresso social abrange 128 países e coleta dezenas de dados. Em 2017 a Dinamarca foi o melhor país no ranking. O Brasil foi o primeiro entre os BRICS (grupo que reúne as grandes economias emergentes do mundo, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Michael disse ainda ser preciso “acabar com o paradigma de buscar o desenvolvimento por meio do crescimento econômico. O sistema global que temos não está funcionando e as pessoas não estão felizes”, ponderou.
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CAMPANHA “SE LIGA”
Durante o Fórum, os convidados ficaram sabendo da campanha por uma Cultura de Doação, que o IDIS irá lançar em novembro. A ideia é convidar o público para fazer um teste online e descobrir qual é a causa que gostaria de defender, como saúde, meio ambiente ou apoio aos idosos, por exemplo, e encontrar uma organização que já atua nessa área. Antes do lançamento da campanha, porém, o IDIS está mobilizando todas as ONGs para que preencham seu cadastro no Mapa das Organizações da Sociedade Civil, do Ipea e também atualizem seus próprios sites para orientar melhor o potencial doador. https://mapaosc.ipea.gov.br

O FÓRUM
O Fórum Brasileiro de Filantropos e Investidores Sociais é a versão brasileira do Global Philanthropy Forum (GPF) e tem como parceiros a CAF – Charities Aid Foundation, Fundação Telefônica Vivo, BNDES, BID, Demarest Advogados e Fundação José Luiz Egydio Setúbal. O evento é realizado anualmente, sempre com o objetivo de contribuir para a formação de uma comunidade de pares, para o fortalecimento das práticas de filantropia e investimento social no país. Todas as sessões do Fórum foram gravadas e serão disponibilizadas no canal do IDIS no YouTube

Website: http://www.idis.org br