Com oito anos de trajetória, 500 apresentações e acumulando mais 160 mil espectadores, o espetáculo “Tom na Fazenda” retorna ao Brasil após uma bem-sucedida temporada internacional, em que foi aclamado por público e crítica. Agora em turnê nacional, a peça chega a Macaé, no Teatro Firjan SESI Macaé, onde se apresenta na sexta e sábado (14 e 15 de novembro), às 20h. Ingressos no Sympla, R$40 (inteira) e R$20 (meia).
Idealizado e protagonizado por Armando Babaioff (recentemente no ar na novela “Dona de Mim”), com direção de Rodrigo Portella, o espetáculo adapta a obra “Tom à la Ferme”, do canadense Michel Marc Bouchard, em um drama potente que aborda questões contemporâneas e urgentes, como a homofobia e o patriarcado, entranhados em complexas dinâmicas familiares. No elenco, também estão Denise Del Vecchio, Iano Salomão e Camila Nhary.
Reconhecido pela crítica internacional, o espetáculo foi descrito pelo The Guardian como um “impressionante estudo sobre a homofobia”, e que é “tão cruel quanto hipnotizante”, e pelo Le Monde como “uma tragédia universal que ultrapassa fronteiras”. Recebeu mais de 40 prêmios, entre eles Shell, APCA, APTR, Cesgranrio e Prix de la Critique.
“Sempre com temporadas lotadas no Brasil e no exterior, é evidente que ‘Tom na Fazenda’ é um espetáculo necessário, pela temática e pela qualidade artística, e que ainda precisa ser visto por muito mais pessoas. A encenação de Rodrigo Portella é um convite a experimentar o teatro na sua máxima potência. É um privilégio poder circular com o espetáculo pelo Brasil e mostrar a potência do teatro brasileiro no exterior”, celebra Babaioff.
Portella reveste o palco com uma grande e rústica lona, sobre a qual há lama e água, numa alusão ao solo rural, e também numa provocação à estabilidade dos atores, que se (des)equilibram ao longo do espetáculo, em atenção e conexão máxima com os seus próprios corpos e dos colegas em cena. E assim, a instabilidade permanente reflete as tensões entre as personagens.
“Todo redemoinho que devastará a vida dos que fogem das normas surge no núcleo de suas próprias famílias”, reflete o diretor, que opta, mais uma vez, por uma encenação com poucos elementos para que as sutilezas das relações propostas pelo texto se sobressaiam. “Bouchard compôs uma obra de estrutura impecável. Ele vai fundo nas contradições dos seus personagens, o que os torna muito próximos de nós e traz o problema para dentro das casas, para o núcleo familiar mais íntimo, que todos nós conhecemos”, explica.
Michel Marc Bouchard, autor da obra original, sintetiza a essência do espetáculo em uma frase poderosa: “homossexuais aprendem a mentir antes mesmo de aprender a amar”. Esta citação resume a dor e os conflitos internos que atravessam não apenas Tom, mas também diversos jovens, diariamente, em todos os lugares.
Uma das peças mais aplaudidas e premiadas desde sua estreia em 2017, “Tom na Fazenda” acaba de voltar de uma exitosa temporada no maior festival de teatro do mundo, o Festival de Edimburgo, na Escócia (Reino Unido). Foram 23 apresentações para um público de mais de 7.000 espectadores, com destaque nos principais jornais do Reino Unido. Agora, o espetáculo retorna ao Brasil para mais uma temporada de reencontros em turnê pelo Brasil. Este projeto conta com o incentivo da Lei Rouanet, o patrocínio da Petrobras e a realização do Ministério da Cultura.
SINOPSE
Em cena, o publicitário Tom (Armando Babaioff) vai à fazenda da família para o funeral de seu companheiro. Ao chegar na casa, descobre que a sogra Agatha (Denise Del Vecchio) nunca tinha ouvido falar de sua existência e tampouco que o próprio filho era gay e, para piorar, descobre que ela está a espera de Helen, a suposta “namorada” do filho morto, que na verdade é Sara (Camila Nhary), numa farsa criada para convencer Agatha da heterossexualidade do filho. Nesse ambiente rural e austero, Tom é envolvido numa trama de mentiras criada por Francis (Iano Salomão), o truculento irmão do falecido, estabelecendo com aquela família relações de complexa interdependência. A fazenda, aos poucos, vira cenário de um jogo perigoso, onde quanto mais os personagens se aproximam, maior o choque de suas contradições.
INDICAÇÕES E PRÊMIOS
● Prêmio Aplauso Brasil 2019 (5 indicações): Iluminação (Tomás Ribas), Ator (Armando Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Kelzy Ecard) e Espetáculo Independente;
● Espetáculo vencedor do Prêmio APCA 2019 na categoria teatro;
● Espetáculo vencedor do prêmio de Melhor Espetáculo Estrangeiro da Associação de Críticos de Teatro de Québec;
● 30º Prêmio Shell de Teatro (5 indicações): Direção (Rodrigo Portella), Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz), Cenografia (Aurora dos Campos) e Música (Marcelo H.). Espetáculo vencedor em duas categorias: Direção (Rodrigo Portella) e Ator (Gustavo Vaz);
● 5º Prêmio Cesgranrio de Teatro (7 indicações): Direção, Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz), Cenário (Aurora dos Campos), Iluminação (Tomás Ribas), Espetáculo e Especial (Lu Brites, pela preparação corporal). Espetáculo vencedor em três categorias: Direção (Rodrigo Portella), Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz) e Cenografia (Aurora dos Campos);
● 6º Prêmio Botequim Cultural (10 indicações): Direção, Espetáculo, Ator (Armando Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Kelzy Ecard e Camila Nhary), Figurino (Bruno Perlatto), Cenografia (Aurora dos Campos), Iluminação (Tomás Ribas) e Música (Marcello H). Espetáculo vencedor em sete categorias: Melhor Espetáculo, Direção (Rodrigo Portella), Ator (Armando Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Kelzy Ecard) eCenografia (Aurora dos Campos) e Iluminação (Tomás Ribas);
● 12º Prêmio APTR (6 indicações): Espetáculo, Produção, Direção, Ator (Armando Babaioff e Gustavo Vaz), Iluminação (Tomás Ribas) e Cenografia (Aurora dos Campos). Vencedor na categoria Melhor Espetáculo;
● Espetáculo vencedor do 7º Prêmio Questão de Crítica;
● Prêmio Cenym de Teatro Nacional (17): Espetáculo, Direção, Ator (A. Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Camila Nhary e Kelzy Ecard), Texto Adaptado, Qualidade Artística, Qualidade Técnica, Elenco, Preparação Corporal (Lu Brites), Iluminação, Cenário, Montagem, Cartaz ou Programação Visual (Bruno Dante), Fotografia de Publicidade (José Limongi, Renato Mangolin e Ricardo Brajtman) e Trilha Sonora (Marcello H). Espetáculo vencedor em oito categorias: Espetáculo, Direção, Ator (Armando Babaioff), Ator Coadjuvante (Gustavo Vaz), Atriz Coadjuvante (Kelzy Ecard), Qualidade Artística, Montagem e Preparação Corporal (Lu Brites).
SERVIÇO
Datas: 14 e 15 de novembro (sexta e sábado)
Horário: 20h
Local: Teatro Firjan SESI Macaé
Endereço: Alameda Etelvino Gomes, 155 – Riviera Fluminense, Macaé – RJ
Ingressos: R$ 40 (inteira) | R$ 20 (meia)
Vendas: Sympla
Duração: 120 minutos
Gênero: Drama
Classificação indicativa: 18 anos









