Falta de atuação na área e política de descontrole fiscal são alguns dos pontos observados
O perfil político de Fernando Haddad (PT), indicado para o Ministério da Fazenda pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), gera preocupação em alguns economistas pela falta de experiência na área.
Alguns especialistas ouvidos pelo R7.com comentam o que era esperado para a Pasta que é tão importante para o país.
– É um ministério complexo. É importante que a pessoa tenha conhecimento para poder discutir com os demais ministros, conduzir a questão econômica, conversar com assessores e entender do que eles estão falando – opinou o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.
O medo do economista é que Haddad incorpore o discurso de descontrole fiscal que o governo de transição tem apoiado, como a PEC da Transição que pede licença para ultrapassar o teto de gastos.
– O descontrole fiscal é algo que preocupa demais, pois ele pode terminar estourando a inflação – continua Luz, ao falar dos riscos de ultrapassar o teto de gastos como o aumento do endividamento e da carga tributária.
O economista-chefe da Órama, Alexandre Espírito Santo, pontua que os membros do Ministério da Fazenda terão grande importância para trazer a segurança ou insegurança para o mercado.
– A equipe é muito importante para tocar projetos. Tem pelo menos três grandes cargos: o BNDES, a Secretaria do Tesouro Nacional e a Secretaria de Política Econômica. Esses nomes serão mais determinantes, pois estarão no dia a dia formulando as políticas econômicas – disse o especialista.
Por Portal Novo Norte