O que leva um agente político atacar a imprensa, exatamente no momento em que se discute passos importantes sobre o futuro da representatividade da política local, estadual e nacional?
Mesmo com o crivo das urnas, que chancelaram o poder dos meios de comunicação de abrir os olhos da sociedade, de contextualizar as ações que ferem a democracia e os interesses coletivos, há ainda uma casta política que ainda não consegue se desgarrar do poder, levando às últimas consequências as estratégias de se manter onde estão, de costas para o povo.
Hoje, a Câmara de Vereadores vive um processo interno de eleição para a presidência. Baseada na troca de favores, a distribuição de cargos e as alianças dentro de gabinetes, há a garantia de vitória para um candidato, que ainda teme comemorar antes do tempo.
Apesar de permanecer bem distante do povo, o parlamento ainda desperta, ao menos, curiosidade da população. E isso ainda é o que mais incomoda.
E quando a imprensa faz o seu papel de ilustrar para a sociedade quem é quem naquele grande teatro armado, há os ataques à sua independência. Algo que vai existir, assim como o desejo de resistir!
Não se trata apenas de relações políticas que a própria imprensa é capaz de manter. Mas sim da necessidade de se manter, cada vez mais, o povo longe das decisões que implicam mas mudanças tão cobradas nas urnas de outubro deste ano.
E para não serem guilhotinados no próximo pleito municipal, que já demonstra ser árduo diante das transformações que ocorrem no país, o jeito encontrado pela velha política sempre será o ataque, se não à imprensa, à própria sociedade!