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Farra de Lula com cartão corporativo supera gastos de outros presidentes

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O levantamento demonstra que, corrigidos pela inflação até agosto, Lula gastou em média cerca de R$ 1,1 milhão por mês,

Lula lidera gastos com cartão corporativo em seu terceiro mandato

No terceiro mandato do presidente Lula (PT), os gastos com o cartão corporativo atingiram um novo patamar, superando seus antecessores. De acordo com dados do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU), os extratos dos sete primeiros meses do cartão corporativo do presidente revelam despesas que se aproximam dos R$ 8 milhões. Esse valor mensal médio de gastos coloca Lula no topo da lista de presidentes que mais utilizaram esse recurso, superando inclusive Jair Bolsonaro (PL), Michel Temer (MDB) e Dilma Rousseff (PT).

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O levantamento demonstra que, corrigidos pela inflação até agosto, Lula gastou em média cerca de R$ 1,1 milhão por mês, enquanto Bolsonaro teve uma despesa mensal média de R$ 1 milhão durante sua gestão. Tanto Temer quanto Dilma registraram despesas mensais menores, com R$ 584 mil e R$ 905 mil, respectivamente. Vale ressaltar que esses valores são referentes às faturas do Cartão de Pagamento do Governo Federal (CPGF) da Secretaria de Administração da Presidência da República, que engloba as despesas do presidente, sua família e funcionários próximos.

Despesas de Lula relacionadas a viagens internacionais

Ao ser questionado sobre o aumento nos gastos com o cartão corporativo, o Palácio do Planalto alegou que a maior parte das despesas de Lula está relacionada a suas viagens ao exterior. Durante seus oito primeiros meses de governo, o presidente realizou 19 viagens, sendo que a fatura de junho, que totalizou quase R$ 2 milhões, correspondeu às despesas de maio. Nesse período, Lula visitou países como o Reino Unido, Japão e Itália, inclusive para a coroação do rei Charles 3º na Inglaterra. No entanto, os detalhes específicos das despesas foram classificados como sigilosos pela CGU.

A polêmica sobre a transparência dos gastos presidenciais

Os cartões corporativos, criados em 2001 no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), têm sido alvo de debates sobre transparência nos últimos anos. O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou, em uma decisão de novembro de 2019, trechos de um decreto de 1967 que visava dar maior transparência aos gastos do Palácio do Planalto, incluindo os cartões corporativos. No entanto, até o momento, as informações detalhadas sobre as despesas, como alimentação e transporte do presidente, permanecem sob sigilo, com base na Lei de Acesso à Informação.

Em janeiro de 2023, o Palácio do Planalto divulgou uma planilha que quebrou o sigilo dos extratos dos cartões corporativos de diversos presidentes, incluindo Bolsonaro, Temer, Dilma e os primeiros dois mandatos de Lula. No entanto, essa planilha apresentou divergências em relação aos dados do Portal da Transparência, tornando importante uma análise cuidadosa das informações. Até o momento, as despesas de Lula em 2023 ainda não foram atualizadas na planilha, o que mantém a discussão sobre a transparência dos gastos presidenciais em pauta. Enquanto os dados do cartão de Lula permanecem indisponíveis, a oposição no Congresso busca avançar na apuração dessas despesas, com um requerimento aprovado para que o Tribunal de Contas da União (TCU) realize uma auditoria nos gastos.

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