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Falta de recursos escolares obriga professores de Educação Física a usarem materiais pessoais

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A pesquisa realizada pelo Instituto Península apontou que 32% dos docentes vivem essa situação dentro das escolas brasileiras

Em boa parte das escolas brasileiras, a prática de educação física não recebe atenção e recursos adequados para propiciar os melhores equipamentos aos estudantes. Aproximadamente um terço dos professores da área e diretores escolares apontam a precariedade de materiais como principal motivo para a ineficiência das aulas.

Apesar de não poder solucionar o problema, cerca de 32% dos educadores físicos que atuam em instituições de ensino utilizam o próprio material para promover uma aula de qualidade. Outros 29% fazem a reciclagem de materiais para o ensino da disciplina.

Os dados apresentados foram levantados pela pesquisa “Escola, Movimento e Esporte: Cenário de Desenvolvimento Humano Integral”, realizada pelo Instituto Península, em parceria com a consultoria Plano CDE. A apuração ouviu 7.500 professores e diretores da educação básica em escolas distribuídas em todas as regiões do país.

Segundo a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) “a educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica”. Estão dispensados da prática, somente, os alunos com mais de 30 anos ou que desenvolvam atividade trabalhista, tenham filhos ou estejam prestando serviço militar em fase inicial.

Ainda de acordo com a pesquisa, em 9% das instituições de ensino, a atividade física não é considerada disciplina obrigatória na grade curricular; em outros 2% dos institutos não existe qualquer oferta de atividade esportiva.

Quando existe disponibilidade, 76% ofertam as aulas duas vezes por semana, e só 12% o fazem três ou mais vezes, semanalmente.

Modalidades esportivas nas escolas brasileiras

Outro ponto importante indicado pelos docentes é a falta de variedade das modalidades esportivas nos colégios brasileiros. Em boa parte deles, cerca de 65%, estão presentes apenas futebol, voleibol e handebol, nessa ordem de prevalência. Sendo desconsiderados ou desconhecidos quaisquer outros tipos de esportes.

Quase inexistente, a pesquisa do Instituto Península avaliou que apenas 1% das unidades escolares têm piscinas. E, ainda assim, boa parte dos equipamentos não funciona por falta de manutenção, o que dificulta as aulas de natação dentro das escolas.

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