Poder público afirmou que propôs à Secretaria de Estado de Segurança convênio formalizando a cessão de mão de obra
A situação na área de segurança em Macaé não é a das melhores. A última edição de sexta-feira (3), do jornal O DEBATE, mostrou que a falta de efetivo na 123ª Delegacia de Polícia de Macaé compromete o trabalho dos profissionais. Até o mês passado, 8 (oito) servidores da prefeitura de Macaé prestavam serviços para o órgão, e foram devolvidos para a administração municipal. O motivo ainda é desconhecido e ambas as partes não souberam responder o que provocou o cancelamento do convênio entre a prefeitura de Macaé com a Secretaria de Estado de Segurança.
Após a veiculação da matéria, a administração municipal informou, por meio de nota, que propôs à Secretaria de Estado de Segurança convênio à cessão de mão de obra, porém aguarda o retorno da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A medida ajudará a manter os serviços prestados pela delegacia, principalmente nos plantões.
A prefeitura afirmou ainda que os servidores foram devolvidos, não solicitados pelo poder público.
A situação crítica não é só em Macaé. Boa parte dos municípios do interior do estado do Rio não tem equipes completas de servidores e acaba comprometendo o serviço administrativo, atendimento e até de investigação.
No entanto, relatos sobre dificuldades de registrar boletins de ocorrência e de mau atendimento por parte de agentes ainda são comuns e dependendo do dia a população é orientada a fazer o Boletim de Ocorrência pela internet.
O problema do déficit de pessoal, associados à falta de concursos públicos gera soluções amadoras, como por exemplo, o empréstimo de servidores por parte das prefeituras. Em outras cidades do Brasil, boa parte das delegacias fechou as portas por falta de efetivo, e a situação gera preocupação por parte da população.
A equipe de reportagem do jornal O DEBATE entrou em contato mais uma vez com a assessoria de comunicação da Polícia Civil para saber se existe planejamento de abertura de concurso, mas até o fechamento desta edição não recebemos nenhuma resposta.