Ministro Benedito Gonçalves afirmou que “impossibilidade técnica” impediu extração de arquivos oriundos do Supremo
Uma “impossibilidade técnica” fez com que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficasse mais de um ano sem acessar provas dos chamados inquéritos das “fake news” e dos “atos antidemocráticos”, do Supremo Tribunal Federal (STF). A informação consta em uma decisão do corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, assinada no dia 1° de março deste ano.
No documento, o ministro cita que a Corte Eleitoral pediu ao STF o envio de documentos relativos aos inquéritos para embasar uma investigação em trâmite no TSE contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A apuração em questão foi motivada por críticas do ex-gestor ao sistema eleitoral.
Porém, de acordo com Gonçalves, os técnicos do TSE não conseguiram acessar os arquivos, que vieram em pendrive, em virtude de uma “impossibilidade técnica de extração de seu conteúdo”. O ministro não detalhou se a falha ocorreu no equipamento ou nos arquivos enviados nele.
Os documentos em questão tinham sido solicitados em outubro de 2021, quando o ministro Luis Felipe Salomão, na época corregedor-geral da Justiça Eleitoral, pediu que os dados fossem enviados ao TSE. Foi Salomão, inclusive, quem abriu a investigação contra Bolsonaro depois que o presidente fez uma live com críticas ao sistema eleitoral.
Na decisão do último dia 1° de março, o ministro Benedito Gonçalves determinou a expedição de um ofício ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos no STF, solicitando o reenvio dos arquivos em razão da “impossibilidade técnica”. Além disso, o magistrado também prorrogou por mais 90 dias a investigação do TSE.
Por Portal Novo Norte