Antônio Marcos se entregou no Fórum da cidade. Ele estava foragido desde a última sexta-feira (20)
O ex-prefeito de Casimiro de Abreu, Antônio Marcos de Lemos Machado, foi preso na tarde da última quarta-feira (25). De acordo com a Polícia Civil, o ex-prefeito se apresentou no Fórum da cidade e foi levado para a delegacia pela Polícia Militar.
Antônio Marcos era considerado foragido da Justiça desde a última sexta-feira (20), quando o Ministério Público cumpriu mandados de busca e apreensão durante a “Operação Bastidores”. Durante a operação, a Polícia Militar deu apoio ao MP e fez buscas nas casas de três vereadores do município, o presidente da Câmara, Rafael Jardim (PSB), Bruno Miranda (PSB) e Leilson Ribeiro da Silva, conhecido como Neném da Barbearia (MDB). Todos foram afastados dos cargos por 180 dias a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Eles são suspeitos de compra de apoio de outros vereadores na votação que analisou as contas do ex-prefeito da cidade, Antônio Marcos, em abril deste ano.
A operação foi realizada em conjunto com a 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva do Núcleo Macaé e da Promotoria de Justiça de Casimiro de Abreu, e buscou cumprir um mandado de prisão temporária contra o ex-prefeito e do blogueiro Rodrigo Barros, mas apenas Rodrigo foi preso na sexta-feira passada. Antônio Marcos é investigado por possível prática de extorsão, associação criminosa e tráfico de influência.
O Ministério Público ainda informou que também foram realizadas buscas na casa do empresário Wender Veloso Pereira (Careca do Gás). Os processos seguem em segredo de Justiça perante o Juízo Único da Comarca de Casimiro de Abreu.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), agentes do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça (GAP/MPRJ) de Macaé, Cabo Frio, Campos, Nova Friburgo e Niterói, e policiais do 32º Batalhão da Polícia Militar (Macaé).
De acordo com a delegada da 121ª DP, Juliana Rattes, o ex-prefeito Antônio Marcos foi interrogado, ontem, no Fórum da cidade pela Promotoria de Justiça e na sequência transferido para um presídio no Rio de Janeiro. O local não foi divulgado por questão de segurança.