Marco Aurélio criticou as ações de busca e apreensão como prejudiciais à imagem dos investigados, defendendo um processo de investigação mais cauteloso

O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, manifestou desaprovação à maneira como o STF, sob a decisão do ministro Alexandre de Moraes, conduziu a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, considerando-a excessiva. Em entrevista à revista Veja na segunda-feira (12), Marco Aurélio criticou as ações de busca e apreensão como prejudiciais à imagem dos investigados, defendendo um processo de investigação mais cauteloso.

Marco Aurélio argumentou que as investigações estão sendo realizadas de forma excessivamente ampla, o que, em sua visão, compromete a credibilidade do STF. Ele sugeriu uma abordagem mais equilibrada, priorizando a normalidade em vez de presumir irregularidades.

O ex-ministro também destacou a importância de que medidas judiciais invasivas, como a busca e apreensão, sejam fundamentadas em evidências fortes de irregularidades, seguindo o princípio de que os meios utilizados na investigação devem ser justificados pelos fins.

A operação Tempus Veritatis, que tem Bolsonaro como um dos alvos, foi marcada pela execução de 33 mandados de busca e apreensão, 4 de prisão preventiva e 48 medidas alternativas na quinta-feira (8). 

A ação incluiu a apreensão do passaporte do ex-presidente, autorizada por Alexandre de Moraes, que citou um suposto plano envolvendo a prisão de figuras chave do governo e a convocação de novas eleições.

Por portal Novo Norte