Ele acusou o Supremo de agir como um partido político e criticou a indicação de Flávio Dino ao STF, convocando diferentes segmentos da sociedade, incluindo caminhoneiros e jornalistas, para uma paralisação nos dias anteriores à sabatina de Dino no Senado
Em audiência na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (6), o desembargador aposentado Sebastião Coelho fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes. Coelho, que ficou conhecido por confrontar os ministros do STF no julgamento relacionado aos eventos de 8 de janeiro, expressou sua indignação durante a reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, presidida por Bia Kicis (PL-DF). Ele acusou o Supremo de agir como um partido político e criticou a indicação de Flávio Dino ao STF, convocando diferentes segmentos da sociedade, incluindo caminhoneiros e jornalistas, para uma paralisação nos dias anteriores à sabatina de Dino no Senado.
Coelho responsabilizou diretamente Moraes pela morte de Cleriston Pereira da Cunha, um dos réus detidos após os atos de 8 de janeiro, e chamou Moraes de “ditador, sádico e cínico”. Ele comentou sobre a morte de Cleriston, conhecido como Clesão, dizendo que a culpa era do ministro do STF e da conivência dos demais ministros. Além disso, Coelho recordou uma declaração que havia feito em novembro de 2022, onde sugeria a prisão de Alexandre de Moraes, e criticou a influência dos ministros do STF nas indicações para tribunais.
O desembargador aposentado, ao se referir a um comentário feito pelo ministro Luís Roberto Barroso, destacou a suposta transformação do STF em uma entidade política. Coelho citou as palavras de Barroso em um evento no Rio Grande do Sul, evidenciando a preocupação com a manutenção do poder político pelo Supremo.