Por Gustavo Porto

Os preços do etanol hidratado subiram nos postos de 19 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas. Em outros seis Estados houve queda e no Amapá os preços ficaram estáveis.

Na média dos postos brasileiros pesquisados pela ANP, houve aumento de 4,39% no preço do etanol na semana passada.

Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação média do hidratado avançou 5,43% sobre a semana anterior, de R$ 2,488 para R$ 2,623 o litro.

No período de um mês os preços do combustível avançaram 6,54% nos postos paulistas. A maior alta porcentual semanal entre todos os avaliados, de 6,88%, foi na Bahia e a maior baixa no preço do biocombustível na semana passada, de 2,25%, foi em Sergipe.

Além de São Paulo, o maior avanço mensal, no período de um mês os preços do etanol subiram em 12 Estados e no Distrito Federal e caíram 12 unidades da Federação pesquisadas.

No Amapá não foi feita avaliação nos preços há um mês e, por isso, não houve base de comparação com a semana passada. O destaque de queda também é Sergipe, com recuo de 5,26%. Na média brasileira o preço do etanol pesquisado pela ANP acumulou alta de 4,46% na comparação mensal.

O preço mínimo registrado na semana passada para o etanol em um posto foi de R$ 2,179 o litro, em São Paulo, e o máximo individual ficou de R$ 4,799 o litro, no Rio Grande do Sul. São Paulo tem também o menor preço médio estadual, de R$ 2,623 o litro, e o maior preço médio ocorreu nos postos do Acre, de R$ 3,971 o litro.

Competitividade

Mesmo com as altas nas duas últimas semanas, os preços médios do etanol continuam vantajosos sobre os da gasolina nos cinco Estados entre os maiores produtores do País – São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso. O uso do bicombustível é também favorável no Rio de Janeiro e no Distrito Federal.

O levantamento da ANP compilado pelo AE-Taxas considera que o etanol de cana ou de milho, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso.

Em Mato Grosso, o hidratado é vendido em média por 56,86% do preço da gasolina, em São Paulo por 59,49%, em Goiás em 59,98% e em Minas Gerais a 60,44%.

No Paraná a paridade está em 63,77%, no Rio de Janeiro em 66,43% e no Distrito Federal em 68,58.

Na média brasileira, a paridade é de 60,67% entre os preços médios do etanol e da gasolina, também favorável ao biocombustível.

A gasolina é mais vantajosa no Amapá, com a paridade de 90,28% para o preço do etanol.

fonte: Estadão conteúdo