Distantes do ambiente físico das salas de aula, o ensino teve uma defasagem inevitável
Usado como porta de entrada para o ensino superior, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) requer dos estudantes preparação intensa para o momento da prova, afinal, através do exame os estudantes podem pleitear uma vaga nos cursos de graduação e, muitos deles, com desconto parcial ou total nas bolsas. Mesmo com todo esforço, tempo e dedicação aos estudos, muitos participantes não conseguiram alcançar uma boa nota para concorrer as vagas do Programa Universidade Para Todos (Prouni), do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) ou do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
Nas últimas edições do certame, os participantes tiveram um empecilho a mais: a pandemia. Distantes do ambiente físico das salas de aula, o ensino teve uma defasagem inevitável. O resultado da quebra da rotina e perda do contato presencial com professores e colegas refletiu no baixo desempenho no exame, principalmente na redação.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do total de 2.723.583 redações corrigidas, apenas 28 conseguiram a nota máxima. Outro dado chama atenção: mais de 87 mil estudantes zeraram a avaliação. Os motivos foram diversos: redação em branco (1,12%), fuga ao tema (0,93%), cópia do texto motivador (0,46%), texto insuficiente (0,19%), atendimento ao tipo textual (0,17%), parte desconectada (0,17%) e outros motivos (0,17%).
Os percentuais da prova mostram o quanto se preparar para o exame foi difícil diante dos obstáculos que a educação vem enfrentando desde o começo da pandemia. Lucca Carvalho Santos Leandro, 18 anos, concluiu o ensino médio ano passado. Depois de cursar o segundo e o terceiro ano remotamente, participou do Exame Nacional do Ensino Médio sem motivação. “Não estudei muito, apenas assistia as aulas”, admite.
Fez a prova sem expectativa e confessa que não se surpreendeu com o péssimo desempenho, abaixo de 50%. “Ao contrário: me motivou a estudar mais esse ano”, conta o estudante que está frequentando aulas presenciais em um cursinho que tem o diferencial de proporcionar sessões de monitoria com jovens professores. “Quero estudar Ciência da Computação”, planeja com determinação.
Outra estudante que não apresentou desempenho esperado foi Maria Clara Assis, 20 anos. Mesmo tendo concluído o ensino médio antes do isolamento social, os impactos negativos da pandemia foram sentidos durante a preparação para o exame. O curso pré-vestibular e as aulas disponibilizadas na internet não foram suficientes e a estudante não conseguiu nota para ingressar no curso que desejava. “Eu sempre quis fazer Odontologia, desde pequena. Fiz o Enem em 2020 e 2021 para tentar conseguir uma bolsa pelo Prouni ou pelo Sisu, mas não obtive um resultado satisfatório. Tentarei ingressar no ensino superior por outros meios pois quero dar seguimento na minha vida acadêmica”, revela a estudante.
Bolsa de estudos com desconto
Assim como Lucca e Maria Clara, os estudantes que não conseguiram uma boa nota no Enem precisam deixar a frustração de lado e seguir tentando. Buscar resiliência e alternativas. Além dos programas de governo, podem contar com iniciativas de apoio da privada que oferecem descontos nas mensalidades. O Educa Mais Brasil, maior programa de acesso à educação do país, oferece bolsa de estudos com até 70% de desconto nas mensalidades durante todo o curso. Existem oportunidades não só em faculdades, as também em escolas, cursos técnicos, de idiomas e muitas outras modalidades de ensino. Saiba mais acessando o site do programa.