A decisão do presidente Lula de ignorar a lista tríplice da ANPR para a nomeação do novo Procurador-Geral da República é mais um exemplo gritante de que não se pode confiar nas promessas de campanha de um petista.
O presidente Lula optou por nomear Paulo Gonet, subprocurador-geral da República, para o cargo de Procurador-Geral da República, desconsiderando a lista tríplice eleita pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) em 21 de junho. Esta lista, que não incluía Gonet, foi formada por Luiza Frischeisen, Mario Bonsaglia e José Adonis. Esta decisão vai na contramão das críticas dispensadas pelo petista e seus partidários ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que em 2019 e 2021 escolheu Augusto Aras, também fora da lista tríplice.
A nomeação de Gonet ocorre após um período de incertezas e falta de comunicação entre o presidente e a ANPR. Ubiratan Cazetta, chefe da ANPR, solicitou uma audiência com Lula no mesmo dia da eleição da lista tríplice. Apesar de uma promessa inicial da assessoria do presidente, em julho, de que Lula receberia Cazetta, o encontro nunca aconteceu. A comunicação entre o Planalto e Cazetta não resultou em uma data agendada para a reunião.
A decisão do presidente Lula de ignorar a lista tríplice da ANPR para a nomeação do novo Procurador-Geral da República é mais um exemplo gritante de que não se pode confiar nas promessas de campanha de um petista.