Perfil anônimo nas redes sociais comanda a ofensiva autoritária contra a empresa de mídia.
A tentativa de censura contra adversários político-ideológicos segue a todo vapor no Brasil. Para alguns grupos alinhados à esquerda, o contraditório não merece existir.
A mais nova vítima dessa investida autoritária é a empresa de educação e entretenimento Brasil Paralelo, que se tornou alvo de uma campanha que pede a suspensão da exibição do documentário ‘O Fim da Beleza’ na Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Conforme noticiado pelo Conexão Política, a nova obra – lançada em fevereiro – aborda a importância da beleza em nosso cotidiano e expõe as consequências das mudanças estéticas na sociedade ao longo dos últimos 100 anos.
Nas redes sociais, o perfil “Brasil Para Lerdos”, criado unicamente a fim de publicar campanhas contra a empresa, pressionou seus seguidores a iniciar um levante em prol do banimento do filme na UFPR.
“É inadmissível este tipo de conteúdo sendo propagado em universidades públicas. Conto com vocês para compartilhar e pressionar para impedir essa exibição”, escreveu o perfil anônimo, que classificou a Brasil Paralelo como “produtora de extrema direita”.
A tentativa de censura, no entanto, não passou desapercebida pelos usuários que admiram o trabalho de mídia desenvolvido pela Brasil Paralelo. A repercussão em torno da investida autoritária fez o nome da empresa ser alçado aos assuntos mais comentados do Twitter.
Diversas personalidades manifestaram apoio à exibição do documentário na UFPR. O fundador da Localiza, uma das maiores empresas no setor de aluguel de carros, Salim Mattar, foi às redes sociais para repudiar a ofensiva contra a liberdade de expressão.
“Proibir a exibição do documentário ‘O Fim da Beleza’ do Brasil Paralelo na Universidade Federal do Paraná é censura! O Brasil Paralelo faz um excelente trabalho de desmistificação dessa cultura imposta pela esquerda nos últimos anos. IMPEDIR A EXIBIÇÃO DO FILME É AUTORITARISMO”, afirmou o empresário.
Quem também se manifestou foi Lucas Ferrugem, sócio fundador da Brasil Paralelo. De acordo com ele, a academia brasileira precisa aprender a dialogar.
“Ironicamente um filme que critica o autoritarismo está sofrendo tentativa de censura. É um documentário com a presença de acadêmicos nacionais e internacionais, de ampla reputação e com uma bibliografia extensa”, declarou.
“Logicamente estamos abertos a críticas, mas a universidade brasileira precisa aprender a dialogar em vez de tentar proibir. Eles podem defender um mictório como arte, crianças tocando em um homem nu como arte, mas não podemos defender as obras de Florença, Veneza e Michelangelo?”, questionou.
Por Ponto e Vírgula