A Eneva está comprando um conjunto de quatro ativos termelétricos detidos pelo BTG Pactual e vai fazer um follow-on de até R$ 4,2 bilhões para pagar a aquisição e reduzir a alavancagem. Essa transação já vinha sendo planejada há meses. O banco, que é acionista da Eneva, havia proposto a venda das térmicas no âmbito da potencial fusão da companhia de energia com a Vibra – essa fusão não saiu, mas o conselho de Eneva resolveu ir adiante com a compra das térmicas.
No desenho da operação, o BTG vai aumentar sua exposição à Eneva, uma vez que a transação inclui parte do pagamento em ações e o banco é ainda garantidor de todo o lote base da oferta. Hoje o banco já é o maior acionista da Eneva, com 23,33%, e pode até dobrar a posição dependendo da demanda no follow-on.
No primeiro bloco de ativos, a Eneva irá emitir 126.071.428 novas ações ao BTG, considerando o preço de R$ 1,76 bilhão dos ativos, além do direito de subscrição de até 16.330.346 ações, para pagar a compra da Tevisa, que controla a Usina Termelétrica Viana, movida a óleo, e a Usina Termelétrica Viana 1, movida a gás natural, localizadas na capixaba Viana, com 174,6 MW e 37,5 MW de capacidade instalada. Também vai ficar com a Povoação, detentora da Central Geradora Termelétrica – UTE Povoação 1, localizada em Linhares, com capacidade instalada de 75 MW.