O contador Luiz Romildo Mello, com histórico de abertura de empresas em nome de terceiros, é o elo comum entre essas organizações
Um conjunto de empresas, controladas por um contador e um empresário envolvidos em investigações da Polícia Federal, faturaram mais de R$ 18 milhões em contratos com o Exército Brasileiro. A denúncia foi divulgada pelo site Metrópoles neste domingo (18).
As empresas, que operam sob nomes de jovens de 20 e 21 anos do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, competiram em 157 licitações do Exército, vencendo várias delas, incluindo um contrato de R$ 9,2 milhões firmado pela Duas Rainhas, em nome de um jovem de Blumenau, para fornecer macacões militares.
O contador Luiz Romildo Mello, com histórico de abertura de empresas em nome de terceiros, é o elo comum entre essas organizações. Mello, que já foi alvo da Operação Mobília de Ouro do MPDFT em junho, é responsável pelas empresas Camaqua, Duas Rainhas, Imperato e Nova Prata. Documentos mostram que essas empresas, algumas com endereço no escritório de Mello, participaram ativamente das licitações, oferecendo itens como capacetes, cantis e coldres.
O Exército Brasileiro nega irregularidades. Com um orçamento de R$ 53 bilhões, destacou que seus processos licitatórios seguem rigorosamente a Lei de Licitações e Contratos, enfatizando os princípios da legalidade e impessoalidade. A corporação está apurando os dados dos contratos mencionados e reafirma seu compromisso com a legalidade e a transparência.