Crise também gera oportunidade
Pode parecer irônico falar de abraços no meio da pandemia, mas quando tratamos do mundo virtual, está mais que autorizado. Pois, foi com desempenho no online, que os associados do Macaé Convention&Visitors Bureau, Rodrigo Arenelas, Tânia Navega e Alex Trindade, vêm vencendo os desafios da ‘coronacrise’ na cidade, abraçarama inovação e não precisaram demitir funcionários, aumentando até seus lucros neste momento atípico.
A verdade é que a pandemia da Covid-19 pegou todos de surpresa, além de ser uma doença com muitas incógnitas e consideravelmente nova pelos especialistas de saúde, ela trouxe consigo a transformação na maneira de se comunicar, estudar, trabalhar, se divertir, comprar e vender. Com isso, os empresários precisaram reinventar suas expertises de atendimento ao cliente para se manter no mercado.
O empresário Rodrigo Arenales, das lojas de móveis planejados Italínea e Todeschini, na região, disse que o momento oportunizou as vendas online.Para o empresário, junto da pandemia veio a necessidade de aprender a ser 100% digital.
“Nossos processos já eram digitais com exceção da venda. Então tivemos que aprender a demonstrar produtos e projetos por videoconferência. Houve redução física de equipe e não demitimos funcionários, pelo contrário, precisamos contratar”, disse. Acrescentando que, o importante é a mensagem que a empresa passou à equipe. “Nos comprometemosa manter os empregos e isso nos tornou mais forte e mais unidos. Aprendemosque sorte é quando a preparação encontra a oportunidade”, ressaltou o administrador especializado em gestão de negócios.
A associada Tania Monnerat Navega, proprietária do petshop Mania de Bicho, comentou que tem enfrentado a crise muito bem, pois além do serviço ser consideradoessencial e não ter ficado totalmente fechado, nas primeiras duas semanas de quarentena, o trabalho de deliverytriplicou.
“Começávamos as entregas 9h da manhã e só parávamos às 17h. Depois foi liberado que os clientes buscassem as mercadorias na loja, então usamos as janelas, até chegar no momento de liberar a entrada na loja, com todas as medidas de segurança”, explicou Tânia.
Sobre a manutenção da sua equipe, Tânia contou que, no período que o banho e tosa estava proibido, os profissionais desse setor entraram de férias. “A loja é bem espaçosa, então manter o distanciamento e higiene foi bem tranquilo entre os colaboradores”, falou.
Tânia ainda pontuou que a empresa ganhou um novo parceiro de vendas, o mercado virtual. “Nos consolidamos em nossos perfis nas redes sociais e passamos a fazer muitas vendas por esses canais. A gente filma o passo a passo dos serviços, mandamos fotos de produtos, mostramos nosso cuidado com a higienização e damos todo suporte às pessoas pelo WhatsApp, sem dúvidas, progredimos e alcançamos odigital”, frisou.
“Estou focada na tecnologia para facilitar a vida dos meus clientes. Acho que a pandemia acelerou esse processo. Temos um projeto bem forte nessa área. Espero que as pessoas que precisaram fechar as portas consigam se recuperar o quanto antes. Tudo isso nos ensinou que precisamos estar abertos às inovações e ser bem criativos para nessas situaçõesdifíceis abrir novas frentes de negócios. Tem sido um momento muitoimportante para meu desenvolvimento profissional e pessoal”, finalizou Tania, mestre em medicina veterinária.
Já o engenheiro agrônomo Alex Trindade, diretor fundador da Imune GuerraDedetização, encontrou na fase de pandemia, uma oportunidade de inovar seu atendimento e lançou um novo serviço, que até então era escasso na região, a desinfecção de ambientes. Mas para isso, precisou investir em cursos e equipamentos.
“Somos uma empresa de controle de pragas e higienização de reservatórios de água e nosso serviço é considerado essencial pela Anvisa, porém no começo da pandemia, não tivemos novas procuras, então ficamos quase parados, somente seguindo os atendimentos dos contratos que já estavam em vigor. Tivemos dificuldades de acesso em alguns casos, mas nos dedicamos a cumprir a agenda e tudo fluiu de forma harmônica”, contou.
O grande insight de Alex foi identificar a demanda que surgiu com a Covid e se adaptar à nova realidade.
“Nos qualificamos, fizemos cursos e treinamentos do serviço de sanitização e implantamos a nova modalidade. O mercado recebeu muito bem e encontrou em nós, mais uma garantia de prudência e saúde”, disse o empresário, que atende clínicas, bancos, laboratórios e bases operacionais, desde pequenos escritórios a grandes empresas.
Alex pontuou que, o serviço de desinfecção reduz a carga viral do ambiente. E que com a nova modalidade, a empresa conseguiu um acréscimo de 20% em atendimentos.
“Não demitimos nenhum funcionário e estamos preparados para a grande retomada. Essa fase difícil deixou várias lições, consegui observar o quão importante são os nossos comportamentos individuais e o quanto eles podem interferir na saúde das pessoas ao nosso redor. Ficou bem evidentecomo a nossa higiene pessoal influenciana saúde de toda a população”, frisou o gestor, que também usa a mídia social para alavancar a divulgação do seu empreendimento.
Abertura gradual do comércio – Com exceção das lanchonetes, cafeterias, bares, restaurantes, academias e shopping centers, o comércio de rua voltou a abrir nesta segunda (3) no município (seguindo as medidas protetivas),segundo decreto do prefeito, publicado no dia 31 de julho.
Os sócios, proprietários, funcionários e colaboradores do comércio de rua devem realizar testes para Covid-19 no Centro de Especialidades Médicas Dona Alba (Rua Governador Roberto Silveira, 108, Centro), entre os dias 03 e 07 de agosto, das 14h às 17h. É necessário agendamento prévio por meio do sistema disponibilizado no site do governo https://vps10828.publiccloud.com.br/login.
O mesmo decreto também prorroga por mais sete dias, a contar da próxima segunda-feira (03), a suspensão das aulas na rede municipal de ensino, pública e privada, incluindo instituições de ensino superior.
Entendo que o prefeito deveria ter aberto todo o comércio com os devidos protocolos. A prefeitura liberou a manada e prendeu alguns bezerros. Não tem lógica. Lanchonetes são até mais fácil de coordenar no sistema peça-pague-siga. Academia atuar com 305 da capacidade horária e assim por diante.