De janeiro a setembro deste ano, foram registrados 95 homicídios. Enquanto que, nos 12 meses de 2017, a polícia registrou 91 crimes violentos
A dois meses e 14 dias para a chegada do fim do ano, o número de assassinatos na Capital Nacional do Petróleo já superou o acumulado durante todo o ano passado. Os aumentos dos índices também foram em todos os quesitos de crimes como, assalto a pedestre e estupro. O 32° Batalhão de Polícia Militar de Macaé abrange seis municípios (Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Carapebus, Quissamã e Conceição de Macabu), e dessas seis cidades, Macaé se destacou no aumento da violência.
Somando os homicídios já registrados de janeiro a setembro de 2018, informados no relatório mensal do Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ), Macaé já registrou 95 assassinatos nos primeiros nove meses deste ano, um cálculo de 10,5 crimes violentos por mês.
Enquanto em 2017, a Polícia Civil registrou 91 assassinatos nos 12 meses, uma margem de 7 crimes por mês.
A estatística da violência na cidade já preocupa as autoridades que tentam inibir e coibir as práticas criminosas. Só nos primeiros 15 dias desse mês de outubro de 2018, já foram registrados 11 assassinatos na cidade, e com isso, a estatística só faz aumentar e superar dados de crimes violentos no ano de 2016, que chegou a 104 homicídios, durante os 12 meses.
De acordo com os dados do ISP-RJ, os meses de janeiro, fevereiro, março, maio e outubro deste ano, apresentam aumento nos índices de homicídios, e bateu recorde sucessivos de mortes violentas (foram 14 em janeiro, 18 em fevereiro, 13 em março, 12 em maio, e até o momento 11 assassinatos nos primeiros 15 dias em outubro).
Um dos principais alvos da atual gestão do comando do 32° BPM de Macaé, é o índice de roubos a pedestres, que também aumentou nos nove meses deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado.
De janeiro a setembro deste ano foram registrados 524 assaltos a mão armada contra pedestres. Já no ano passado, o número foi bem menor chegando a 458.
De acordo com o comandante do 32° BPM de Macaé, tenente-coronel Rodrigo Ibiapina, ele voltou a afirmar que a crescente violência é o resultado de facções criminosas e da situação política nacional. “Vivemos uma crise ética, política e econômica. Tudo deságua na segurança pública”, avaliou.
Ele ressaltou que o Estado tem investido em outros municípios, porém Macaé ficou de fora.