Em agenda central, sigla do ministro do Esporte, André Fufuca, faz acenos ao bolsonarismo e deixa clara a cisão entre a ala da Câmara e a ala do Senado
O Partido Progressista (PP) aprovou uma “Agenda Central” em resposta à adesão de André Fufuca (PP-MA) e da ala ligada a Arthur Lira (PP-AL) ao governo de Lula. O documento, elaborado por Tereza Cristina e endossado pelo presidente do partido, Ciro Nogueira, destaca pautas conservadoras, como a criminalização do aborto e a valorização da família como pilar central na formação dos indivíduos. Além disso, o partido posicionou-se contra a descriminalização das drogas e retrocessos propostos pelo governo Lula, como a reversão da reforma trabalhista pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho.
O partido também manifestou seu repúdio à corrupção, apesar de ter sido um dos principais alvos da operação Lava Jato, e se posicionou contra invasões de propriedades. Defendeu políticas fiscais equilibradas e a necessidade de empresas estatais serem regidas por mérito e competência, com uma gestão transparente voltada para resultados. O documento, obtido em primeira-mão por O Antagonista, evidencia uma divisão entre o PP do Senado, mais alinhado a Jair Bolsonaro, e o PP da Câmara, vinculado ao governo Lula.