A merenda escolar de Macaé irá receber, em 2020, cerca de R$ 3 milhões em produtos da agricultura familiar. Este ano, além de gêneros de hortifrutigranjeiros e pescado, o cardápio contará com alimentos orgânicos, cultivados de forma sustentável na agricultura biológica. No ano letivo de 2019, foram gastos com a agricultura familiar R$ 2.862.708,83 (pescado e hortifrutigranjeiros).
A finalidade é valorizar a alimentação local com oferecimento de um cardápio balanceado e nutritivo para os estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens e Adultos e Ensino Médio.
Para melhor logística do trabalho, esta semana, foi realizada uma reunião com representantes da agricultura familiar local e integrantes da Secretaria de Educação. O processo da agricultura familiar está em fase de formalização do pedido da chamada pública-2020.
“Com a inclusão de alimentos da safra, a merenda escolar só tem a ganhar, pois o acesso a produtos produzidos em condições climáticas ideais reforça a qualidade nutricional. Além dos nutrientes, os sabores e aromas da merenda com produtos da agricultura familiar ficam mais intensos”, disse o secretário de Educação, Guto Garcia.
Macaé oferece cerca de 40 mil pratos de refeições diariamente com café da manhã (desjejum), almoço, lanche da tarde e jantar para os estudantes do turno da noite. De acordo com registros, 608 estudantes de 92 escolas municipais foram atendidos no ano passado com cardápio especial. Eles apresentam patologias como intolerância à lactose, alergia a leite, glúten e diabetes e outras alergias.
No ano letivo de 2019, a rede municipal recebeu gêneros como salsa, alface, chicória, couve, cenoura, beterraba, batata doce, aipim, couve-flor, brócolis, além de ovos, queijo, banana, iogurte e caqui. Os produtos em sua maior parte são provenientes da região serrana (Sana, Frade, Trapiche, Córrego do Ouro, Serra da Cruz, assentamento Celso Daniel e cooperativas da região), além de outros locais próximos ao município.
Macaé segue a determinação da Lei 11.947/2009 e utiliza 100% dos recursos repassados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O município foi um dos pioneiros na região a seguir a legislação federal. Conforme a legislação, do total dos recursos financeiros repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), no mínimo 30% deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.
A atuação dos produtores locais conta com ação integrada das secretarias de Agroeconomia e Educação junto à agricultura familiar do município. Eles recebem orientações quanto a diversificação dos gêneros, cuidados na pesagem, armazenamento, separação e fracionamento, além da qualidade dos produtos. Os produtores familiares são devidamente cadastrados pela Secretaria de Agroeconomia, que visita os sítios com o objetivo de conhecer o projeto de vendas de cada unidade familiar.
Guto Garcia, observou, também, que a rede municipal prioriza alimentos produzidos de acordo com as boas práticas agrícolas e de fabricação. “A agricultura familiar é um caminho importante para o desenvolvimento econômico da cidade. A prioridade é atender o cardápio dos estudantes com diversificação de produtos. O objetivo é contribuir para aprendizagem, rendimento escolar e formação de hábitos saudáveis dos alunos. A proposta é que a merenda escolar continue garantindo o melhor desempenho dos alunos”, pontuou.