A AEF-Brasil que leva educação financeira à população brasileira mostra em pesquisa como o tema pode fazer a diferença e que o aprendizado das crianças impacta na sociedade
Janeiro de 2020 — Um novo ano e junto dele uma nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A partir de 2020, a educação financeira passa a compor a BNCC como disciplina transversal no ensino infantil e fundamental, tornando-se obrigatória em todas as escolas do Brasil, que devem se adequar para atender às novas exigências.
A Associação de Educação Financeira do Brasil — AEF-Brasil, que desenvolve metodologias para a disseminação do tema junto a estudantes e educadores, além de outros públicos, tem na bagagem experiências positivas dos projetos realizados pela instituição em escolas de todo o país e aprova a medida.
“A inserção do tema da educação financeira no documento que norteia as instituições de ensino, a BNCC, é uma alternativa para a resolução de problemas reais que temos atualmente no país, como o consumismo desenfreado, responsável pelo alto nível de endividamento da população. Com esse recurso, além de atingir diretamente professores e alunos, há um impacto indireto também junto a pais, responsáveis e comunidade do entorno, aumentando a consciência em torno do tema”, avalia Claudia Forte, superintendente da AEF-Brasil.
A Associação, inclusive, divulgou recentemente um resultado parcial de uma pesquisa que ainda está em andamento, feita a partir de um projeto realizado em parceria com a Serasa Consumidor e Serasa Experian, que mostrou como a educação financeira nas escolas ajuda a desenvolver em jovens e crianças hábitos saudáveis na relação com o dinheiro, como a cultura de poupar e de falar sobre o tema de forma aberta no ambiente familiar.
Um dos dados desse estudo mostra que 34% de jovens impactados por esse projeto afirmaram ter aprendido a importância de poupar dinheiro depois dessa experiência. Outros 24% passaram a conversar com os pais sobre educação financeira e 21% aprenderam mais sobre como usar melhor o dinheiro.
A pesquisa mostrou ainda que 55,89% dos estudantes consultados possuíam cofrinhos em casa para guardar dinheiro. Desses, 30% deles tinham o objetivo de ajudar os pais com esse dinheiro poupado e 41% pretendiam acompanhar o andamento dessa prática e continuar poupando. Além disso, 53% disseram conversar com seus pais sobre poupança e 46% afirmaram que falam com eles sobre planejamento de férias.
Para 23% dos pais, o principal aprendizado que a educação financeira pode trazer a seus filhos é a conscientização de que o dinheiro é resultado de trabalho e empenho. Já 15% acredita que é importante ensinar que economizar é um hábito importante para garantir um bom futuro. Para 53% dos pais esse tipo de aprendizado fará com que seu filho seja capaz de tomar decisões financeiras mais acertadas.
“A educação financeira prepara as novas gerações para a administração equilibrada de suas finanças e torna os jovens mais conscientes para planejar suas vidas, realizar seus sonhos, resistir às pressões do consumismo, cuidar do planeta e influenciar positivamente suas famílias e a sociedade, ou seja, quanto mais cedo ensinarmos educação financeira e fomentarmos habilidades empreendedoras é, sem dúvida, o caminho para construir uma nação próspera, em que as pessoas não precisem encarar a situação que temos hoje, com mais de 60 milhões de endividados”, destaca Claudia Forte, superintendente da AEF-Brasil.
A AEF-Brasil possui um portfólio de materiais (livros para os ensinos fundamental e médio, game, EADs, websérie e documentários) gratuito na plataforma www.vidaedinheiro.gov.br pronto para ser usado pelos professores.