Esse patamar situa o país em paridade com a Ucrânia, ambos ocupando a terceira colocação entre os emergentes mais endividados, um ranking liderado pelo Egito e seguido de perto pela Argentina
Em meio ao cenário global, o Brasil figura como um dos países com maior nível de endividamento, aponta o Fundo Monetário Internacional em seu mais recente Monitor Fiscal. As projeções indicam que a dívida pública bruta nacional chegará a 88,1% do Produto Interno Bruto em 2023, com uma trajetória ascendente até alcançar a marca de 96,2% em 2028. Esse patamar situa o país em paridade com a Ucrânia, ambos ocupando a terceira colocação entre os emergentes mais endividados, um ranking liderado pelo Egito e seguido de perto pela Argentina.
O informe do FMI destaca ainda que o governo brasileiro, no decorrer deste ano, deverá registrar um déficit primário de 1,2% do PIB, número mais otimista do que a previsão de abril, que era de um déficit de 2%. As contas nacionais, seguindo as projeções atuais, deverão continuar no vermelho em 2024 com um déficit de 0,2%, mas espera-se que revertam para um superávit de 0,2% em 2025, sinalizando uma recuperação econômica gradual. Essas estimativas refletem as políticas econômicas vigentes, e qualquer mudança nesse espectro político-econômico poderá alterar as expectativas futuras.
Apesar do endividamento elevado, as projeções do PIB brasileiro alcançam a cifra de US$ 2 trilhões, refletindo a capacidade produtiva do país. O FMI usa a razão entre dívida e PIB como um termômetro da habilidade de uma nação em honrar seus compromissos financeiros. A média de endividamento dos países emergentes está estimada em 68,3% do PIB para 2023, o que coloca o Brasil bem acima da média. O relatório finaliza sublinhando que a dívida pública global segue em patamares significativamente elevados e deve crescer mais rapidamente que as estimativas pré-pandemia.