O espetáculo ‘Rose’ entra em cartaz no Teatro do Sesi Macaé, garantindo uma super programação para o público de Macaé e região

Criado durante as atividades da turma 2017 do Núcleo de Dramaturgia Sesi Cultural e eleita a melhor dramaturgia escrita naquele ano, o espetáculo ‘Rose’ entra em cartaz no Teatro do Sesi Macaé, garantindo uma super programação para o público de Macaé e região. A apresentação acontecerá na quinta-feira (24), a partir das 20h.

O drama, escrito por Cecilia Ripoll, apresenta a história de Rose, funcionária de uma escola municipal carioca, que, durante a semana, se angustia com a escassez de merenda para as crianças e, aos fins de semana, como empregada doméstica de uma família rica, se depara com o desperdício constante de comida boa jogada no lixo.

Os ingressos, que já estão disponíveis para venda no site da diverteingressos.com, custam os valores de R$ 22 (inteira) e R$ 11 (meia).

Os interessados devem adquirir os ingressos na Bilheteria do Teatro do Sesi Macaé, que fica localizado na Alameda Etelvino Gomes, 155 (Bairro Riviera Fluminense).

‘Rose’

De autoria de Cecilia Ripoll e vencedor do Núcleo de Dramaturgia SESI 2017, o espetáculo ‘Rose’ aborda a questão da comida que, para alguns, é lixo, para muitos pode ser a salvação. A peça conta a história de uma funcionária que lida com a situação, em que de segunda a sexta, pouca comida tem para as crianças da escola municipal; aos fins de semana, sobras intermináveis são jogadas fora em um apartamento de classe alta. Rose cozinha em mundos radicalmente diferentes: aquilo que para alguns é lixo, para muitos pode ser a salvação. Como atravessar muros que parecem intransponíveis?

Ficha técnica

* Dramaturgia: Cecilia Ripoll
* Direção: Vinicius Arneiro
* Assistência de direção: Marcela Andrade
* Elenco: Ângela Câmara, Dida Camero, Márcio Machado, Natasha Corbelino e Thiago Catarino
* Direção de arte: Flavio Souza
* Iluminação e operação de luz: Livs Ataíde
* Direção musical: Tato Taborda
* Assessoria de imprensa: Lyvia Rodrigues – Aquela que divulga
* Produção: Clarissa Menezes
* Coordenação de projeto: Diogo Liberano
* Foto: Bob Maestrelli

Detalhes do espetáculo

Quanto mais a situação no colégio se agrava, mais a protagonista sentia vontade de resolver a situação com as próprias mãos. Visto a urgência do caso, Rose começa a confiscar as sobras de alimentos na casa de sua patroa, Dona Celina, e também a comprar alimentos para os alunos.

“É uma escrita com alto teor literário, tem ares de romance, é uma saga épica, é uma peça de teatro, é na primeira, segunda e terceira pessoa que ela se compõe. É o olhar da classe média trabalhadora sobre a vida, é uma peça sobre a luta de classe, paixão, comida, ética e caráter”, conta o diretor Vinicius Arneiro.

O espetáculo não só provoca questionamentos sobre a conduta de Rose e o estado de calamidade das políticas públicas, como também aposta em outros dois personagens: Maria Juliana e Antônio Pedro. Ela é filha de Rose e ele é filho da patroa. Logo após se conheceram, eles têm uma relação de profunda inconstância.

“A princípio eu pensei em escrever um texto sobre a precariedade das condições de trabalho de um artista no Rio. Mas depois me veio um desconforto em falar do teatro dentro do teatro. Precisava falar de questões que abrangessem um maior número de pessoas. Então veio essa questão da fome. Essa questão da escassez de comida no momento de formação, de crescimento. A fome, que tinha sido quase erradicada no nosso país e que de repente voltou a se colocar”, afirma a autora Cecilia Ripoll.