Governador terá de renunciar ao mandato para concorrer à presidência em 2022
O governador de São Paulo, João Dória, venceu as prévias do PSDB ocorridas neste final de semana e foi escolhido o candidato do partido para concorrer à presidência da República nas eleições de 2022.
No entanto, a vitória pode ter deixado a carreira política de João Dória mais próxima do fim. Isso porque o tucano terá de renunciar ao cargo de governador de São Paulo se quiser disputar a tão (obsessivamente) sonhada vaga de mandatário-chefe do Brasil.
Será a segunda vez que Dória abandona um mandato antes do final. Ele também frustrou os votos dos paulistanos quando deixou a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado em 2018.
O fato de ter usado o mandato de prefeito como mero trampolim para algo maior não revoltou tanto os eleitores de Dória quanto o rompimento e ataques contra o presidente Jair Bolsonaro. Dória foi eleito com o slogan “#bolsondória”, mas logo no primeiro ano se afastou do presidente e partiu para o ataque.
Desistir da presidência e tentar se reeleger governador de São Paulo também não é uma opção para Dória, já que o tucanato já definiu em prévias nome do vice-governador Rodrigo Garcia como candidato ao Palácio Bandeirante. Mesmo nesta possibilidade, chance de fracasso seria enorme dada a péssima avaliação de sua gestão. Segundo uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas realizada em junho de 2021, apenas 19,1% avaliam o governo Doria como ótimo ou bom, contra 47,3% que o consideram ruim ou péssimo – aqueles que avaliam como regular são 32,3%.
A julgar pelas pesquisas eleitorais que mostram Dória com menos de 5% das intenções de voto para presidente em 2022, o PSDB e o governador devem mesmo sofrer mais uma vergonhosa derrota no ano que vem e acabar sem mandato. É o pior e, aparentemente, o mais provável dos cenários.
Seria o fim de sua carreira política. Bom (na verdade, ótimo) para o povo de São Paulo.