Por Karla Spotorno
A cinco pregões do primeiro turno das eleições, o dólar abriu em leve queda ante o real e, pouco depois, virou e passou a subir, acentuando os ganhos após subir 1,34% na sexta-feira, dia 28.
A oscilação em torno da cotação do último fechamento, pelo menos neste início de pregão, sinaliza que o investidor não se surpreendeu com as últimas pesquisas eleitorais, mas que o cenário exige postura cautelosa. Os agentes do mercado aguardam novos levantamentos de intenção de voto (na noite desta segunda-feira, dia 1º, haverá divulgação do Ibope) e novidades sobre a corrida presidencial.
Uma pressão de baixa vem do exterior, onde a moeda americana tem queda firme perante o peso mexicano e o dólar canadense. O fortalecimento das moedas dos dois parceiros comerciais dos Estados Unidos acontece após a conclusão da revisão do Nafta.
Como afirmou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto, essa decisão alivia “receios nesse tema”. Além disso, Machado Neto destaca que também há “certo alívio geopolítico após o presidente americano Donald Trump afirmar que segue em contato com o líder norte-coreano ‘via cartas’, o que consolida que Trump começa a colher frutos de suas aventuras. Cabe agora observarmos o desfecho da situação comercial Washington x Pequim”, avaliou. As bolsas na Europa estão em alta, assim como os índices acionários futuros.
Às 9h28 desta segunda-feira, o dólar à vista subia 0,22% e valia R$ 4,0599. O contrato para novembro avançava 0,26% aos R$ 4,067. Ante o peso mexicano, o dólar caía 0,59%. Perante o dólar canadense, a divisa dos EUA recuava 0,56%. O Dollar Index recuava 0,08%.